Confira coletiva de Abel Ferreira antes da estreia do Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes Abel Ferreira não escondeu o sorriso logo neste sábado, na primeira resposta de sua entrevista na véspera da estreia do Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes. Já em Nova Jersey, onde enfrenta o Porto, domingo, às 19h (de Brasília), o técnico mostrou-se empolgado com a possibilidade de encarar as principais equipes do futebol mundial. – A nossa vontade e ambição de estar aqui era tanta que se tivesse que vir a pé ou a nado nós viríamos, não teria problema. Uma oportunidade que temos e queremos aproveitar com unhas e dentes, com nossa qualidade, mostrar o que somos capazes de fazer. O que mais quero são que os meus jogadores tenham a mente leve, o corpo solto e o coração quente – declarou. – Isso não é uma competição qualquer, é um campeonato do mundo, onde estão os 32 melhores do mundo. O Palmeiras chega aqui porque ganhou títulos, uma Libertadores, que é como uma Liga dos Campeões para quem vem da Europa. Viemos com muita ambição, muita vontade de competir e desafiar os melhores dentre os melhores – resumiu.

Ao fazer uma avaliação de sua trajetória, Abel Ferreira foi perguntado se o Palmeiras é o clube mais especial de sua carreira, pelos dez títulos em quase cinco anos de trabalho. O técnico, então, iniciou uma longa declaração de amor ao clube. – É (o mais especial da carreira). Porque foi o clube grande que me deu oportunidade de mostrar tudo que foi minha preparação como treinador e quando atravessa o Atlântico para um projeto, eu conhecia o Palmeiras , não conhecia a estrutura do Palmeiras . Só há bons treinadores com boas estruturas, bons jogadores e bons presidentes. Os outros não vão ficar chateados, mas tenho a melhor presidente do mundo, uma relação extraordinária, e o tripé presidente, diretor de futebol e treinador é o triângulo mágico – exaltou.
A estreia contra o Porto é de certa forma um retorno ao passado de Abel Ferreira. Isto porque ele nasceu em Penafiel, na região do clube que vai enfrentar neste domingo. Formado no Sporting, localizado em Lisboa, ele fez uma linha do tempo sobre sua carreira como treinador. – Falei no Braga que entre ser um grande treinador e grande homem, prefiro ser um grande homem. Não sou perfeito, quando o jogo começa me transformo. Eu sou um pouco bipolar (risos). Eu sou um antes do jogo e outro durante o jogo. O futebol português me ajudou muito como treinador. A Grécia foi o ponto maior de transformação e o Brasil veio, e o Palmeiras veio me consagrar com títulos. Tive sorte de pegar o Palmeiras que me oferece todas as condições de triunfar. E é uma honra e orgulho estar aos serviços do Palmeiras no campeonato Mundial de Clubes – disse.

Diante de toda a expectativa para a estreia, a condição do gramado do MetLife Stadium, onde a equipe joga no domingo, é o ponto de alerta citado pelo treinador na véspera da partida. Depois de realizar uma atividade na manhã de sábado em Greensboro, o elenco chegou em Nova Jersey à tarde e, por causa da chuva, apenas olhou o campo do estádio. – As impressões são boas, vamos ver como vai estar amanhã o estádio, o gramado foi algo que me preocupou um pouco. Parece que é sina, os gramados parecem que sempre andam atrás de mim. Que seja um grande evento, espetáculo. É um gosto desfrutar da competição – prosseguiu.
Já falei aos jogadores que as borboletas, nervos, ansiedade, vai ser um campeonato mundial, a atmosfera, um campo monstruoso que nunca jogamos, espero que o gramado esteja à altura. Mas temos que lembrar que viemos jogar futebol. Posso garantir que vamos estar preparados e acreditamos na nossa forma de jogar. Seja contra quem for, jogue onde jogar, é possível ganhar.