Com a aparição do Fluminense entre os semifinalistas do Mundial de Clubes, a pressão sobre o Palmeiras aumentou. No entanto, o estímulo para completar uma sexta-feira gloriosa para o futebol brasileiro também cresceu. Não só pela garantia de um clube do país na grande decisão, mas pela confiança em prevalecer num duelo doméstico e ser este finalista.
O futebol, porém, não permite a disputa de jogos hipotéticos, exceto para as mentes apaixonadas dos torcedores, eternamente autorizados a sonhar. A pressão sobre o Chelsea era de outra natureza, tendo em vista que o enfrentamento com times brasileiros tem preocupado o clube londrino, amplamente superado pelo Flamengo na fase de grupos.
Abel Ferreira escolheu um time preparado para se defender com solidez, mas os desfalques praticamente apagaram a linha defensiva que iniciou o Mundial. O Chelsea dominava a posse e as ideias, obrigando o Palmeiras a ativar um mecanismo de sobrevivência cujo objetivo é, primeiro, evitar que o jogo fique fora de alcance. Mesmo assim, o primeiro tempo terminou com o placar mínimo.
No retorno, o palmeirense esperava uma equipe orientada a encontrar uma forma de competir e manter o objetivo à vista. Abel não mexeu no time, e o que ele queria aconteceu no minuto 53, quando Estêvão marcou um gol espetacular. Foi o empate, mas o jogo mudou.
As substituições no Palmeiras revelaram a clara intenção de vencer e, a cada ataque, acumularam-se situações em que faltou capricho para terminar jogadas. Num período de golpes trocados, o Chelsea também teve seus momentos. Talvez não sirva como consolo o fato de o gol que decidiu tudo ter sido fruto de um lance circunstancial, em que a bola desvia, escolhe outro rumo e encontra a rede. Ou talvez Weverton pudesse ter evitado o pior após o leve toque de Giay. Um gol na contra-mão do jogo, que colocou o Chelsea nas semifinais do Mundial.