União de Mulheres critica Dudu por declarações machistas e irresponsáveis no futebol

27/8/2025 12:34

União de Mulheres critica Dudu por declarações machistas e irresponsáveis no futebol

União de Mulheres critica Dudu por declarações machistas e irresponsáveis no futebol

A UBM (União Brasileira de Mulheres) se manifestou em resposta às alegações feitas pelo atacante Dudu em um processo judicial que ele move contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. A entidade criticou Dudu, chamando-o de "machista" e "irresponsável". Em suas declarações, a UBM destacou que o atleta não teria confrontado um homem da mesma forma que se dirigiu à dirigente alviverde. Com quase quatro décadas de atuação em defesa dos direitos das mulheres, a UBM se posicionou firmemente contra a declaração do jogador.

"Essa declaração do Dudu é mais um ataque aos direitos das mulheres e à nossa capacidade de atuação. Quando Dudu faz uma afirmação como essa, não é apenas irresponsável, mas também machista e está tentando deslegitimar nossa causa", afirmou Vanja Santos, presidente nacional da UBM, em contato com a ESPN. A manifestação ocorreu em resposta a uma solicitação judicial feita por Dudu, que busca R$ 500 mil em danos morais da presidente do Palmeiras.

A UBM se defendeu afirmando que possui legitimidade para atuar como amicus curiae, ou amiga da corte, neste tipo de ação, ressaltando sua longa história na luta pelos direitos femininos. "Nós somos uma entidade legitimamente constituída e não há ilegitimidade da nossa parte. Atuamos em vários casos desse tipo, e este é muito significativo para nós", disse Santos. A UBM se opõe ao fato de que uma mulher em posição de liderança possa ser tratada de maneira diferente de um homem em uma situação semelhante.

Os representantes de Dudu, no entanto, alegaram que a UBM tem um "interesse econômico" no processo, pois a indenização, caso vencida, seria direcionada à entidade. A UBM refutou essa afirmação, afirmando que qualquer valor obtido em ações judiciais será utilizado para fortalecer políticas públicas em benefício das mulheres, e não para fins financeiros."Não temos interesse algum além da defesa dos direitos femininos e do empoderamento", esclareceu Santos.

Por outro lado, os advogados de Dudu levantaram questões sobre a suposta seleção da UBM em suas intervenções, citando dois incidentes em que a entidade não se manifestou. O primeiro ocorreu em agosto de 2024, durante uma coletiva onde o técnico Abel Ferreira fez comentários desrespeitosos a uma repórter. O segundo incidente foi a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil, onde a torcida proferiu ofensas contra Leila.

"A UBM permaneceu em silêncio em ambas as situações, mas parece querer se apresentar apenas quando há interesses diretos da autora", afirmaram os representantes do jogador. No presente processo, Leila también busca que Dudu pague R$ 500 mil em compensação, enquanto ele requer a mesma quantia de Leila por declarações feitas durante entrevistas, além de uma retratação pública por parte da dirigente.

O caso tramita na 11ª Vara Cível do TJ-SP e será decidido pelo juiz Sérgio Serrano Nunes Filho. A UBM também foi crucial na suspensão de Dudu por seis partidas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), após a apresentação de uma representação que resultou em um processo disciplinar devido a acusações de misoginia.

Dudu, por sua vez, considera que o julgamento no STJD foi tendencioso e apresenta indícios de "cartas marcadas", referindo-se a uma postagem da relatora do caso em suas redes sociais antes do julgamento. A defesa de Leila, no entanto, argumenta que o processo foi conduzido de maneira regular e sem ingerências políticas, apresentando até um link para o vídeo do julgamento como prova de que todos os direitos e prerrogativas de Dudu foram respeitados.


1248 visitas - Fonte: espn

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