Activo: Finalmente Jesus!

Gabriel Jesus em jogo pelo time de base.



Numa noite de sábado chuvosa o Palmeiras entrou em campo no Allianz Parque para enfrentar o deprimente Bragantino – que soma apenas 1 ponto após esta 8º rodada do Paulistão.



Escalado com praticamente um time inteiro de reservas, ressalva feita os titularíssimos Fernando Prass e Zé Roberto, o verdão bateu o rival pelo placar magro de 1×0.



Com pouca movimentação ofensiva, mas defensivamente bem montado sofreu pouca pressão do “Massa Bruta” que veio com a proposta da retranca e, talvez por limitações técnicas, não foi capaz de assustar os quase 30.000 palestrinos que mais uma vez encheram a arena.



Mesmo que o gol solitário tenha saído aos 32 minutos do 1º tempo, após boa jogada de Leandro Pereira em triangulação que passou por Renato até Rafael Marques mandar com categoria para o fundo das redes. O grande lance do jogo, o momento mais aguardado por todos os presentes, a jogada mais comemorada por todos, foi vejam vocês: Gabriel Jesus!



O jovem diamante verde de apenas 17 anos e jeito de moleque é a maior esperança das categorias de base do time em muitos anos.



Em campo sua posição natural é de centroavante, mas sua velocidade e seu drible curto propiciam que caia bem em qualquer área do ataque.



Ainda mais impressionante do que sua habilidade natural ou sua expressiva média de gols (marcou aproximadamente 96 vezes em 76 partidas no time de base) foi à aclamação da massa alviverde que em coro – e sem querer parecer engraçadinho – gritou por Jesus.



Depois de passar alguns jogos no banco ao lado do argentino Gareca no ano passado, e ser poupado de enfrentar o calvário que foi o Campeonato Brasileiro ganhou nova chance com Oswaldo de Oliveira. Foi oficialmente promovido ao time principal sendo relacionado para o jogo contra o Vitória da Conquista, mas novamente não entrou.



Este sábado chuvoso parecia o momento ideal para apresenta-lo ao mundo.



Entrou em campo aos 26 minutos do 2º tempo no moderníssimo e renovado templo verde, que mesmo de cara nova não se desprende de sua gloriosa história.



História que pode ser contada através dos milagres de São Marcos, da sabedoria do pai da bola Waldemar Fiúme, das canetas distribuídas por Julinho na ponta-direita, da garra de Djalma Santos, da determinação de Dudu, da loucura animalesca de César e Edmundo.



Principalmente, história ditada ao ritmo da câmera lenta pelo Divino, Ademir.



História que é escrita no presente e que só o futuro irá nos revelar sua continuação.



História que esperamos que seja contada através de belas jogadas e grandes vitórias do hoje menino Gabriel Jesus.

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