Por luxo e renda, pequeno aceita que FPF 'rasgue' regulamento a favor do Palmeiras

Botafogo-SP aceitaria enfrentar o Palmeiras no Allianz Parque nas quartas de final



O regulamento do Campeonato Paulista diz que o pior classificado entre Corinthians, São Paulo e Palmeiras não poderá jogar as quartas de final do torneio em casa, por questões de segurança, já que as equipes são da mesma cidade, o que facilitaria encontros e brigas entre torcedores organizados. Hoje, seria o Palmeiras que teria que escolher um estádio no interior para mandar seu jogo, já que seria impedido de atuar no Allianz Parque.



Em manobras nos bastidores, porém, já se cogita "rasgar" as regras e dar um jeito de permitir a partida no estádio alviverde. Quem sairia prejudicado seria o Botafogo-SP, 2º colocado do grupo C, que hoje estaria classificado para enfrentar oa palestrinos. A equipe de Ribeirão Preto, contudo, aceita jogar na moderna arena alviverde, por dois fatores: a estrutura de primeiro mundo e a renda que a partida geraria.



"Com certeza a gente gostaria de jogar no Allianz Parque. Você não pode privar uma torcida de ficar sem seu estádio. Acho que o Palmeiras tem direito de jogar na sua casa", diz Rogério Barizza, presidente da equipe ribeirão-pretana, em entrevista ao ESPN.com.br.



"Tirar um jogo do Morumbi, da Arena Corinthians ou do Allianz Parque mancharia o campeonato, pois são três dos melhores estádios do país. Se depender do Botafogo e a gente se classificar, jogaríamos sem problema algum no Allianz Parque. O futebol paulista merece isso", completa.



Barizza, inclusive, sugere alternativas para que a partida possa ser realizada normalmente na casa palmeirense. Uma das opções apontadas pelo presidente botafoguense seria a realização do duelo na parte da manhã, o que evitaria conflitos de horários.



"Se precisar jogar domingo às 11h da manhã, como o Palmeiras até já fez, não teria problema nenhum. Tem que procurar uma alternativa, colocar um jogo às 11h e outro às 18h do domingo, colocar segunda-feira, tem que pensar em uma solução", afirma.



"Claro que tem a grade da televisão, uma série de coisas, mas não dá pra ser refém da TV. E, se as torcidas quiserem brigar, vão brigar de qualquer jeito, marcando pela internet, por celular... Aí já é um outro problema, que diz respeito ao futebol brasileiro como um todo. Essa parte da segurança precisa ser repensada de uma maneira que não prejudique os clubes", acrescenta.



O jogo no Allianz Parque, aliás, seria extremamente vantajoso na parte financeira para o Botafogo-SP, que poderia "salvar os cofres" com metade da renda da partida das quartas. Barizza admite que vê com bons olhos a questão financeira, mas ressalta que não é apenas isso que interessa na questão do mando do jogo.



"Não vamos ser hipócritas: é claro que a parte financeira interessa para um clube como o Botafogo, assim como interessa para o Palmeiras, já que a média de renda do Palmeiras em seu estádio é mais alta que fora. Mas, além da parte financeira, deixar o mais moderno estádio do Brasil de fora da partida não convém para nenhum dos lados. Não valeria nunca a pena levar o jogo para outro estádio", conclui.



Se for às quartas, o time de Ribeirão Preto ficaria com 50% da renda do jogo. Tomando como base Palmeiras x Corinthians no Allianz Parque, que gerou uma receita líquida de R$ 1.782.943,95, o Botafogo poderia embolsar um valor próximo a R$ 900 mil.

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