Arbitragem fez propaganda da Crefisa e da FAM nos jogos das quartas de final do Paulistão (Fernando Dantas/Gazeta Press)
Não foi só a opinião pública que condenou a FPF (Federação Paulista de Futebol) por usar patrocínios da Crefisa e da FAM na camisa dos árbitros nos jogos do fim de semana. Ontem, o presidente palmeirense, Paulo Nobre, fez críticas duras contra a federação durante o congresso técnico que definiu datas e horários das semifinais - o encontro também reuniu os presidentes de São Paulo, Corinthians e Santos, além de representantes da FPF.
Nobre ficou furioso quando descobriu que foi o departamento de marketing da FPF que procurou os parceiros do Palmeiras para tentar um acordo comercial. A duplicidade de patrocínio causou desconforto ao Alviverde, porque colocou em dúvida a arbitragem do estadual.
Coincidência ou não, após a reclamação de Nobre, a FPF anunciou que os árbitros voltarão a usar as camisas limpas a partir da próxima fase do Paulistão por causa de uma determinação da Fifa.
O mais curioso é que nenhum outro clube tem tão boa relação com a cúpula da FPF quanto o Palmeiras. A sintonia tem a ver com a amizade entre Nobre e Marco Polo Del Nero, presidente da entidade até quinta-feira — sócio do Palmeiras, Del Nero votou em Nobre nas últimas duas eleições presidenciais do Verdão.
Sucessor de Del Nero na federação, Reinaldo Carneiro Bastos também é alinhado ao Palmeiras. Tanto que defendeu um pedido do clube por torcida única nos clássicos - a ideia chegou a ser anunciada como oficial, porém acabou barrada devido à revolta causada no Corinthians, rival alviverde no Allianz Parque na oportunidade.
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