Advogado define plano para abrandar acusações sobre Dudu e Valdivia

Atacante será julgado por conta de um empurrão no árbitro Guilherme Ceretta e pode ficar seis meses fora, enquanto Mago corre risco de ser suspenso por seis jogos

Dudu foi expulso nos acréscimos do primeiro tempo, na Vila (Fotos: Ari Ferreira/ LANCE!Press)



O departamento jurídico do Palmeiras já começou a se movimentar depois de saber que Dudu, Valdivia e Oswaldo de Oliveira serão julgados na próxima segunda-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP). Para André Sica, advogado do clube, são boas as chances de fazer o trio ser citado por artigos com penas mais brandas, e ao menos no caso do técnico obter até a absolvição.



Dudu foi enquadrado no artigo 250 (ato hostil, com pena de uma a três partidas de gancho) pelo lance em que recebeu cartão vermelho, na decisão do Paulistão, domingo, contra o Santos. As ofensas relatadas na súmula pelo árbitro Guilherme Ceretta de Lima o farão ser julgado no artigo 243-F (ofender alguém em sua honra, com pena de uma a seis partidas). Já o empurrão no árbitro o colocou no artigo 254-A (agressão física, com pena mínima de 180 dias, sem pena máxima prevista). O clube sustenta que o camisa 7 não agrediu o juiz.



- A questão do Dudu é a mais complexa de todas. Não ocorreu agressão, o código é muito tranquilo e claro ao relatar o que é agressão - socos e cotoveladas - e o que é ato hostil - empurrões. O que o Dudu fez foi hostilidade. É digno de punição, mas não dentro do 254-A, que é um dos artigos mais rigorosos. A tese vai trabalhar na desclassificação da agressão para ato hostil. O Dudu, também, tem um histórico bom, não é reincidente, e isto pode ajudar bastante no julgamento - disse Sica, em entrevista à TV Palmeiras.



A intenção do Palmeiras é fazer com que o camisa 7 não seja punido em dias, pois assim o gancho valeria já no Brasileiro - caso a pena seja em jogos, terá de ser paga só no Paulista.



Oswaldo de Oliveira e Valdivia também foram enquadrados no artigo 243-F, mas por conta da primeira decisão, no Allianz Parque. O advogado alega que o Mago não fez uma ofensa moral - o camisa 10 disse, de acordo com a súmula, que o juiz Vinicius Furlan era ladrão, mesmo sem estar relacionado para o duelo.



- Houve relato de xingamento (do Valdivia, na súmula), mas não é correto colocar no 243-F. Só ocorre quando há uma ofensa moral ao árbitro. Você não pode dizer que as palavras proferidas ofenderam moralmente. A ofensa moral só confere afetar honra objetiva ou subjetiva. O árbitro não saiu de lá para o psicólogo. No caso do Valdivia, a defesa vai desqualificar o 243-F e trazer para o 258 (atitude anti-desportiva, com pena entre um e seis jogos). Com isso, o Valdivia deve ter uma pena bem inferior, mas possivelmente será apenado - acrescentou.



- Sobre o Oswaldo, a ofensa moral não se configurou de forma alguma, sequer houve qualquer relato de qualquer palavra. Ele entrou no campo para tirar os atletas, e não se dirigiu desrespeitosamente ao árbitro. Vamos tentar absolver o Oswaldo. Se não, vamos tentar um artigo mais brando, o 258 - completou.



Além dos três, o clube ainda será julgado por conta dos 14 minutos de atraso para o jogo da Vila - a pena prevista vai de R$ 100 a R$ 1 mil de multa por minuto. Victor Ramos, expulso contra o Peixe após receber o segundo amarelo, também será réu, e pode pegar seis partidas de gancho. Sica, porém, confia em sua absolvição.




Dudu se descontrola após expulsão e empurra juiz por LANCETV

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