Mesmo nome, posição e carisma. É impossível olhar para os dois Valdivias do futebol brasileiro e não fazer comparações. Qual deles é melhor? O colorado ou palmeirense?
A resposta para esta pergunta poderia ser simples, já que o meia do Inter, batizado de Wanderson Ferreira de Oliveira, só adotou o nome pelo qual é conhecido no futebol por admirar as qualidades do camisa 10 alviverde. Mas... os números provam que, em 2015, o fã é melhor que o ídolo.
Estatísticas do Footstats mostram que o Valdivia “genérico” joga, chuta e decide mais que o “original” na temporada. O mato-grossense definitivamente caiu nas graças da torcida colorada neste ano e, com um misto de simpatia, gols e assistências, virou o grande jogador de um time que tem nomes como Nilmar, D’Alessandro, Vitinho, Alex e Lisandro López.
Por outro lado, o chileno ficou mais tempo fora do que dentro de campo e ainda não conseguiu honrar o status de atleta mais talentoso de um elenco bastante qualificado.
Vamos aos números: se o Valdivia colorado ficou 1149 minutos em campo (em 18 partidas) na temporada, o palmeirense só jogou futebol por 248 (5 jogos). O meia alviverde sofreu com lesão na coxa esquerda desde o fim do ano passado e também sentiu o joelho antes da primeira final do Campeonato Paulista . Já o homônimo começou o ano entre os reservas e conquistou lugar entre os 11 do técnico Diego Aguirre com grandes atuações.
Valdivia tem sido o grande nome do estrelado Inter em 2015
Foto: Edu Andrade / FatoPress / Gazeta Press
São cinco gols do jogador eleito o craque do Campeonato Gaúcho nos últimos seis jogos. No momento mais decisivo da temporada até aqui, o Valdivia do Inter cresceu: foi o grande nome do jogo de volta da decisão do Estadual contra o Grêmio e balançou as redes nas três partidas mais recentes da Libertadores .
Enquanto isto, o chileno ajudou o Palmeiras a se classificar para as semifinais do Paulista e deu assistência para um gol de Lucas na segunda final contra o Santos .
Bom? Sim. Mas ainda muito pouco para quem é capaz de inspirar jovens e originar apelidos por sua capacidade de jogar futebol. O Valdivia do Palmeiras só supera o do Inter no ano em média de passes e de desarmes. A “criatura”, por sua vez, vence o “criador” em aproveitamento nos toques e em números de dribles, gols, assistências e minutos em campo. É incontestável. Ah... Na zoeira, o colorado também da um baile no palmeirense.
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