Rendimento do Palmeiras piora, mas Oswaldo não deve mudar esquema

Técnico insiste no 4-2-3-1 e trabalha fundamentos para o esquema funcionar (Cesar Greco/Ag Palmeiras)



Desde que perdeu a final do Campeonato Paulista para o Santos, em 3 de maio, o Palmeiras só teve atuação eficiente no segundo tempo da goleada sobre o Sampaio Corrêa, da segunda divisão nacional, pela Copa do Brasil.



Mas o fraco rendimento no primeiro tempo diante dos maranhenses e também nos empates com Atlético-MG e Joinville não fará Oswaldo de Oliveira abrir mão de seu esquema.



A aposta é de um dos comandados que mais o conhece. “Nunca vi o Oswaldo mudar o esquema dele e não tem que mudar nada. Não é por dois empates que está tudo errado e o ano foi jogado fora.



O Brasileiro apenas começou e o nível é diferente do Paulista, não esperávamos chegar atropelando. Com calma, passo a passo, buscaremos os nossos objetivos”, tentou tranquilizar Rafael Marques.



O técnico recebeu 21 reforços para a temporada e fez indicações baseado no posicionamento tático que julga ideal: o 4-2-3-1. A única variação que ele fez no Verdão foi durante os jogos, passando para o 4-1-4-1. Assim, chegou à final do Paulista e chamou atenção dos rivais, que parecem ter descoberto como anular a equipe, mas nada parece ser capaz de mudar as convicções de Oswaldo.



“Em 2013, o Oswaldo jogou com esse esquema o ano todo e o Botafogo chegou à Libertadores. Só não brigamos pelo título porque o nosso elenco era reduzido e o do Cruzeiro, mais forte. Isso mostra que o esquema tático não interfere em nada, até porque ele o manteve em todos os clubes que passou e sempre deu certo”, defendeu Rafael Marques.



Oswaldo só tem mexido nas peças de seu 4-2-3-1 e aproveita a semana livre para aprimorar fundamentos, na tentativa de fazer o esquema dar certo. “Temos trabalhado para melhorar a criação, e não só manter a posse de bola.



Treinamos para tabelar e sair na cara do gol ou finalizar mais da entrada da área. Precisamos ter um pouco mais de atitude para isso”, disse Rafael, apostando que o posicionamento voltará a ter sucesso diante do Goiás, no domingo, no Palestra Itália, onde espera a torcida ainda paciente.



“A ansiedade é pela primeira vitória no Brasileiro. A torcida teve paciência no Paulista, sabendo que a adaptação seria difícil e, mesmo assim, foi rápida, já que chegamos à final.



A equipe está no caminho certo, só é necessária paciência porque o nível é maior no Brasileiro e não é de um dia para o outro que dá tudo certo. Estamos trabalhando bastante, acertando os erros e ouvindo o que o Oswaldo quer”, indicou o atacante.