Atlético-pr x Atlético-mg quase alcançou os 70 minutos de bola rolando (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
Ao fim de quatro rodadas do Campeonato Brasileiro, a média de bola rolando nos gramados é digna de comemoração se comparada aos valores do início do torneio de 2014. Em participação no “Redação SporTV”, o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba apontou que a atual edição já conta com oito duelos acima do valor estipulado pela Fifa de 60 minutos de ação como mínimo para um bom espetáculo
No ano passado, até a quarta rodada do Brasileirão, apenas o duelo entre Figueirense e Santos ficou dentro do padrão, com 60 minutos e 5 segundos de bola em jogo. Em 2015, Fluminense x Joinville, Palmeiras x Atlético-MG, Cruzeiro x Corinthians, pela 1ª rodada, Joinville x Palmeiras, Flamengo x Sport, pela 2ª, São Paulo x Joinville, Atlético-PR x Atlético-MG, pela 3ª, e Goiás x Grêmio, pela 4ª, já bateram o número.
- Esse ano, já temos oito jogos que chegaram a essa marca. A comemorar a disputa entre Atlético-PR e Atlético-MG, que chegou a praticamente 70 minutos de bola rolando. É um número espetacular. Em média, estamos ganhando quatro minutos a mais de bola rolando em relação ao ano passado.
Gaciba destacou que as novas orientações da CBF aos árbitros estão possibilitando que a média de faltas este ano seja menor que a de 2014 (34,6 para 30,8, diminuição de mais de 10%), influindo no tempo útil de jogo nos gramados do Brasileirão. O comentarista destacou que a média no início da última temporada era de 52 minutos e meio e subiu para 56 minutos e meio na atual edição.
O comentarista de arbitragem destacou que é preciso um esforço conjunto para melhorar a qualidade do espetáculo do futebol no sentido de a bola rolar mais em campo. Para Gaciba, tanto os jogadores, quanto árbitros e até mesmo a imprensa precisam fazer sua parte.
- Na modificação da cultura como um todo o próprio jogador começa a sentir isso. O jogador brasileiro também está colaborando. O juiz tem que marcar o que ele vê. O jogador brasileiro quando sofre o contato na área, ele cai, não tem outra. Seja fora da área. Ele opta por não jogar. Não é que temos mais faltas. É uma mudança geral, nossos árbitros têm que mudar a mentalidade e os atletas tem que ajudar. Não é só de um lado. Nós como imprensa temos que não ficar procurando replay para ver se teve toque, se derrubou ou não - disse.
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