Técnico mantém estilo sereno, acostumado a crises instantâneas por pressão (Cesar Greco/Ag Palmeiras)
Oswaldo de Oliveira iniciou o Derby de domingo sob sério risco de demissão em caso de derrota e acabou vencendo o Corinthians por 2 a 0, em Itaquera, mas sabe que não pode se sentir à vontade. E se incomoda. O técnico do Palmeiras se sente um animal que precisa caçar para comer diariamente e recusa aprovação de quem está sempre “de mal com a vida”.
“Cada um faz as suas escolhas, não tem problema. Tem gente que gosta de filé mignon com molho de mushroom, outros gostam de outro. Só digo uma coisa: tem gente que é de mal com a vida e é melhor não gostar mesmo de mim, porque não ia gostar dele também”, disse o técnico, lembrando que foi xingado mesmo pouco após vencer o São Paulo por 3 a 0, com golaço de Robinho, no Campeonato Paulista.
Recentemente, as críticas o deixaram à beira do desemprego. “É muito ruim estar sempre com essa expectativa de mudança de ânimo e de clima. Mas, no final das contas, isso se repete tanto que você acaba se habituando. Feito a fera as selva, que acorda e fala: ‘novamente terei que caçar senão morro de fome’”, comparou-se, contestando a instalação instantânea de crise.
“É legal se habituar com coisa boa, que transcorre normalmente, que lidassem com vitória e derrota de uma forma mais natural e tranquila. Mas as interferências externas, somadas, não permitem isso”, comentou, embora só elogie a torcida, mas mantendo o argumento de que recebeu 21 reforços para formar um time, que já foi vice-campeão paulista, perdendo o título nos pênaltis.
“Falam que é a mesma desculpa, mas não dou desculpa. Falamos das contratações desde o início do ano porque é invariável e um assunto até atraente, foi uma coisa diferente que aconteceu. Mas exige orientação, organização e bastante trabalho. Só que um trabalho que faço com muito gosto para esse time ficar bastante forte. Estou otimista”, avisou, já cobrando, porém, diante do Inter, neste domingo, a mesma eficiência do Derby.
“Gostei muito do jogo passado, mas ainda existe espaço para melhorar. Os jogadores estão muito empenhados, querendo muito isso. Minha expectativa é que, neste jogo, consigamos mais uma vez reeditar uma partida convincente e fazendo gols. A grande diferença entre o Palmeiras que não venceu e o que venceu foi não marcar gols”, definiu.
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