Cartola defende paulistas em polêmica de arbitragem: 'Petraglia não tem moral'

Presidente do Sindicato das Associações de Futebol de São Paulo, Ayrton Franco Santiago saiu em defesa dos clubes paulistas. Após ouvir Mário Celso Petraglia acusar favorecimento de arbitragem aos times do Estado, o cartola respondeu.



"O Petraglia não tem moral para falar de favorecimento aos clubes paulistas", disse o dirigente para a ESPN.



Santiago se refere ao histórico de Petraglia no futebol, ao longo de sua gestão à frente do Atlético-PR. Entre as polêmicas em que o cartola já se envolveu, teve o famoso incidente de 1997, em caso que ficou conhecido como "Ivens Mendes", então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol.



A rodada do último final de semana do Campeonato Brasileiro rendeu várias polêmicas de arbitragem. Reclamações de favorecimento contra Corinthians, Palmeiras e Santos - principalmente contra o time do Parque São Jorge - tomaram conta dos noticiários, motivadas também por desabafo de Mário Celso Petraglia no Twitter.



"Difícil destruir o poder extracampo dos paulistas! Vários jogos fomos prejudicados pelas arbitragens. Nossa constatação clara e não é choro. Nesta rodada tudo conspirou para a liderança do Sport Club Corinthians Paulista. Os clubes que ousam criticar e se expor claramente contra o 'sistema' pagam caro", disse o presidente do Atlético-PR.



Em maio de 1997, a TV Globo divulgou gravações de telefonemas insinuando corrupção dentro da CBF por supostas vendas de resultados de jogos em troca de financiamento de campanhas políticas. Pivô do escândalo, Ivens foi envolvido em gravações pedindo R$ 25 mil a Petraglia, então presidente do Atlético-PR, sugerindo favorecimento em uma partida contra o Vasco, pela Copa do Brasil, vencida pelo clube de Curitiba por 3 a 1.



Em outra gravação, a ajuda financeira era pedida a Alberto Dualib, do Corinthians, em troca de R$ 100 mil. Nos dois casos, o dinheiro iria para a campanha de Mendes para deputado federal. Na ocasião, Dualib declarou que Mendes era seu amigo pessoal, sem envolver o Corinthians, enquanto Petraglia alegou ter sido coagido a prometer grana pela campanha, mas disse ter rejeitado o esquema.