Edmílson critica Argel e defende limite de um clube para técnicos na Série A

Comentarista sugere que treinador demitido não atuasse mais na elite durante a temporada e cita mudança "no meio do caminho" do ex-comandante do Figueirense

Argel comanda treino do Inter no Beira-Rio (Foto: Inter / DVG)





No Campeonato Brasileiro, um jogador que atua por sete jogos com o mesmo clube fica impedido de vestir a camisa de outra equipe ao longo da competição. Uma regra parecida poderia ser adotada para os técnicos, na opinião do comentarista Edmílson. Presente no "Seleção SporTV", o pentacampeão mundial defendeu que os treinadores fossem impedidos de comandar mais de uma equipe na elite do Brasileirão em uma mesma temporada.



- Se a gente não mudar esse paradigma, vamos ter uma qualidade de treinador abaixo da média. Porque o socorrista está para qualquer um, para o time grande, médio, para o que está para cair. Acho que o cara que assina um compromisso com o Campeonato Brasileiro e é demitido, não pode atuar mais na Série A. Acho que é, no máximo, um clube por temporada, começando pelo Brasileiro - disse.



Edmílson criticou a liberdade dos treinadores em mudar de clubes e citou o caso de Argel Fucks, que chegou a declarar que permaneceria no Figueirense até pelo menos 2016 e surpreendeu o time catarinense ao assinar com o Internacional.



- É o caso do Argel. Não o conheço, mas ele estava no Figueirense, o clube apostou nele. No meio do caminho, sai e vai para o Internacional.



O comentarista Maurício Saraiva disse que os treinadores brasileiros também têm interesse em manter a alta rotatividade entre clubes.



- Acho muito improvável que alguns treinadores que vivem de ser socorristas, de um trabalho curto, gostassem da ideia de uma limitação, de apenas dois clubes por ano. Não é só uma parte dos clubes, os treinadores também não gostariam que essa "ciranda maluca" se interrompesse.



Ao fim de 20 rodadas, apenas Corinthians e Atlético-MG, respectivamente líder e vice-líder do Campeonato Brasileirão, não mudaram de treinador em 2015. Vasco e Flamengo, por exemplo, trocaram de comando mais de uma vez.