Desfalques e ataque desorganizado levam Palmeiras à derrota; veja análise

Verdão sofre com time desentrosado e perde para o Internacional no Beira-Rio

Palmeiras sofreu com o ataque mal posicionado nesta quarta-feira, contra o Internacional, no Beira-Rio



Eram 11 ausências no total. Um time muito desfalcado e, portanto, sem nenhum entrosamento. O Palmeiras esbarrou na falta de organização, principalmente do seu ataque, e perdeu por 1 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio, nesta quarta-feira. O time melhorou no segundo tempo, após as entradas de Allione e Mouche, e poderia ter conseguido o empate, mas chegou à terceira partida sem vitória e manteve a distância do G-4, principal objetivo da equipe no Brasileirão.



O único gol da partida, marcado pelo volante Nilton, saiu em um problema recorrente do Palmeiras: o jogo aéreo defensivo. Mesmo sendo o time com mais cruzamentos na competição, o Verdão continua sofrendo com a bola parada. Assim como no empate por 3 a 3 com o Corinthians, no último domingo, o time comandado por Marcelo Oliveira foi atrapalhado por uma falha básica de posicionamento.



O tempo de trabalho até a próxima partida, contra o Figueirense, sábado, às 21h (horário de Brasília), será curto. Além da recuperação física, o Palmeiras precisa correr contra o curto intervalo para corrigir as próprias falhas e evitar que o G-4 se torne cada vez mais inalcançável.



DESORGANIZAÇÃO





Palmeiras sofreu com o ataque mal posicionado nesta quarta-feira, contra o Internacional, no Beira-Rio



Desde os primeiros minutos já era possível notar a dificuldade de organização do setor ofensivo alviverde. Cristaldo começou a partida mais adiantado que Alecsandro, mas depois passou a jogar aberto pelo lado direito. Rafael Marques, antes na direita, foi para a esquerda. E a ligação da defesa com o ataque se dava à base de chutões. Zé Roberto tentava fazer a transição, mas acabou sobrecarregado com mais de uma função no meio-campo.



Prova da falta de organização foram as finalizações do Palmeiras no primeiro tempo: dois dos três chutes a gol foram do volante Andrei Girotto. Em um jogo fraco tecnicamente de ambos os lados, o Verdão não encontrava espaços sequer para propor um esquema tático. Movimentava-se sem saber para onde ir.



FALHA NA BOLA PARADA



Contra o Corinthians, o Palmeiras esteve três vezes à frente no placar, mas permitiu o empate do rival em todas as oportunidades – duas delas na bola parada. Diante do Inter, uma cobrança de falta feita por D'Alessandro voltou a expor a falha do Verdão nesse tipo de jogada. Vitor Hugo vacilou na cobertura, Alecsandro também não acompanhou, e Nilton cabeceou para abrir o placar.



Mesmo dominando a posse de bola, o Palmeiras não incomodava Muriel. Em uma das raras vezes em que o ataque funcionou, trocando passes com calma, Zé Roberto iniciou a jogada, Andrei Girotto recebeu de Alecsandro e chutou forte, forçando a defesa do goleiro colorado.



EXPULSÃO PRECOCE



Leandro Almeida já havia sido um dos piores do Palmeiras no clássico de domingo. No primeiro minuto do segundo tempo da partida no Beira-Rio, o zagueiro voltou a prejudicar a equipe: foi expulso após entrada muito dura em Valdívia. Para recompor o setor defensivo, Marcelo Oliveira trocou Alecsandro por Jackson.



MELHORA INSUFICIENTE



Mesmo com um homem a menos – o Inter ficou com 10 aos 38 minutos do segundo tempo, quando Nilton recebeu o vermelho após carrinho violento em João Paulo –, o Palmeiras buscou o empate e melhorou com as entradas de Allione (no lugar de Andrei Girotto) e Mouche (na vaga de João Paulo). Mas não foi o suficiente para igualar o marcador.

Com 27 gols sofridos, o Verdão tomou mais gols que dois times que estão na zona de rebaixamento atualmente (Goiás, com 21, e Joinville, com 25). Por outro lado, tem um ataque digno de G-4, com 39 gols marcados. Assim como na maior parte do Brasileirão, mesmo com 25 reforços na temporada, falta equilíbrio ao time.