Substituto de Valdivia, Cleiton Xavier tem média de jogos inferior à do Mago

Das 48 partidas que o Verdão disputou desde o retorno do camisa 8, atleta esteve em campo em pouco mais de um terço (35%). Chileno jogou 42% das partidas da equipe

Cleiton Xavier tem sofrido com lesões no Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



Contratado para ser solução do meio de campo alviverde e substituto de Valdivia, Cleiton Xavier ainda não teve uma sequência no Palmeiras e tem frustrado a expectativa da torcida.



O jogador participou de pouco mais de um terço (35%) dos jogos alviverdes desde que retornou ao clube, há cerca de sete meses. A média de participações, ironicamente, é inferior à de Valdivia, tantas vezes criticado por viver no departamento médico (o chileno jogou 42% das partidas do time em cinco anos de contrato).



Cotado para ficar à disposição de Marcelo Oliveira no duelo com o Figueirense, às 21h deste sábado, na arena, pela 25ª rodada do Brasileiro, o atleta sofreu um estiramento na panturrilha esquerda e vai continuar fora da equipe.



Em vez de gols e assistências, o meia acumula outros tipos de números na temporada, bem menos interessantes. A última partida do meio-campo foi há quase um mês. No dia 19 de agosto, na vitória de 1 a 0 diante do Cruzeiro, nas oitavas de final da Copa do Brasil, ele começou como titular e foi substituído no segundo tempo.



Aquele duelo foi o 17º jogo de Cleiton Xavier pelo Verdão nesta sua segunda passagem. Desde que retornou, em fevereiro, o clube entrou em campo 48 vezes - ou seja, o jogador não participou de 31 compromissos (média de 64,58% de ausências).



Das 17 vezes em que esteve em campo, quatro foram como titular e em apenas uma oportunidade o meia atuou o tempo todo (1 a 0 no ASA, em Londrina, pela Copa do Brasil). Em outras 14 partidas ele foi opção no banco e entrou no decorrer. Ao todo, são 707 minutos jogados, o que significa aproximadamente oito duelos completos.



Com a ausência corriqueira do atleta, o Palmeiras sente a falta de um meia armador, o que ficou claro na derrota para o Internacional, na última quarta-feira, quando a equipe criou poucas chances de gol.

Robinho e Zé Roberto são constantemente utilizados, mas não se firmaram na posição. E esse é um problema antigo da equipe, já que, com Valdivia, a situação se repetia. O chileno convivia com as seguidas lesões e desfalcava o time em vários duelos.



Entre 2010 e o último mês de agosto, quando acabou seu contrato com o Palmeiras, Valdivia fez 147 jogos com a camisa do Verdão. Nesse período, a equipe realizou 345 partidas – ou seja, o Mago foi desfalque em 198 oportunidades (média de 57,39% de ausências).



Além das contusões, um assunto extracampo atrapalhou Cleiton Xavier no começo da temporada. Por conta da burocracia que envolvia sua documentação, que demorou a vir da Ucrânia, o meia ficou cerca de um mês sem poder reestrear.



Quando finalmente Cleiton pôde vestir a camisa alviverde, o antigo treinador, Oswaldo de Oliveira,mostrou-se reticente em sua utilização. O técnico defendia que a escalação tinha que ocorrer aos poucos, por conta do recondicionamento físico. Por conta disso, Oswaldo foi muito criticado por parte da torcida, que lembrava com carinho da primeira passagem de Cleiton Xavier pelo Palmeiras, entre 2008 e 2009.



Os desfalques por lesão têm sido um grande problema vivido pelo Palmeiras em 2015. Ainda com Oswaldo de Oliveira, o treinador chegou a lamentar a sequência negativa, quando afirmou que "32 de 40 jogadores já haviam se contundido na temporada, alguns mais de uma vez". Com Marcelo Oliveira no comando desde junho, o problema ainda gera dor de cabeça. Em 20 jogos, o atual comandante já perdeu oito atletas com lesões musculares, o que lhe possibilitou repetir a formação por apenas três vezes consecutivas.