Novo pitbull! Thiago Santos mantém fama de ladrão de bolas e se destaca

Volante preenche lacuna deixada por Gabriel no meio-campo e será titular pela terceira partida seguida no Verdão. Jogador diz que realiza um sonho no clube

Thiago Santos posa para a reportagem do LANCE! na Academia (Foto: Ari Ferreira)



Thiago Santos chegou ao Palmeiras credenciado por ser o maior ladrão de bolas da Série B. Sem fazer barulho, o volante ganhou espaço, e vem ocupando bem a lacuna existente no meio-campo desde a lesão de Gabriel. Nesta quarta-feira, às 19h30, o jogador faz contra o Fluminense, no Maracanã, o seu quinto jogo pelo Verdão, pronto para seguir fazendo o que sabe melhor: desarmar os seus adversários.



O camisa 35 ganhou a vaga contra o Inter, e nas duas partidas em que começou jogando, foi o líder em roubadas de bola – 11 no total, sendo oito apenas contra o Figueirense. Os números lhe renderam elogios do técnico Marcelo Oliveira.



– É bom, ele não falou pessoalmente comigo, mas é bom ser reconhecido pelo trabalho, faz bem para o ego ser elogiado. Espero cada vez mais poder ajudar esse time – afirmou o volante, ao LANCE!.



Exaltado depois da última vitória, Thiago se mostra tímido fora de campo. Ainda acostumando-se com o assédio no Alviverde, o jogador fica de fato à vontade é no campo. Quando chegou à Academia de Futebol, avisou que não seria apenas um tapa-buraco. E até agora, ele considera estar cumprindo esta previsão.



– Quando cheguei avisei que não seria tapa-buraco de ninguém. Respeito muito o Gabriel, ele fez um bom trabalho, é uma pena que se machucou, mas estou preparado. Venho provando isso, e já falei com o Marcelo (Oliveira) que ele pode contar comigo para toda hora, porque estou aqui para ajudar – afirmou.



Com Thiago Santos, o Verdão teve nos últimos dois jogos melhor proteção à defesa, que no sábado voltou a não sofrer gols. O feito era inédito desde o dia 19 de julho, quando Gabriel ainda estava jogando.



Precisando diminuir a distância para São Paulo e Flamengo, rivais na briga pelo G4, o Palmeiras tem um ataque que dificilmente fica em branco – é o segundo melhor da competição. O problema tornou-se a defesa, e aparentemente o camisa 35 pode ser uma opção para corrigir isto. O novo “pitbull” palmeirense, porém, não se deixa empolgar pelo bom momento no Palestra Itália.



– Em time grande não adianta ir bem em um jogo e no outro mal, senão vão esquecer o que você fez. Em todo jogo tem que ir bem – decretou.





Thiago Santos, na Academia de Futebol (Foto: Ari Ferreira)



Confira um bate-bola exclusivo com o volante do Verdão:



O que você faz de diferente para ir tão bem nos desarmes?

Sempre fui bom nisso, até despertei o interesse por essa característica de roubar bastante bola. Consegui fazer isso no último jogo, me elogiaram bastante, e espero continuar assim.



Você tem tido contato com o Gabriel? Ele disse algo a você?

Ele vem tratar em horário diferente. É difícil a gente se ver, mas ele estava no ultimo jogo, é um cara de grupo, e espero que o mais rápido possível ele possa estar jogando com a gente de novo para nos ajudar.



Como está sendo a reação da torcida? Tem sido assediado?

Pouca gente ainda reconhece, acabei de chegar. Mas já aconteceu (de dar autógrafos), graças a Deus estou sendo reconhecido, tudo fruto de um trabalho. São poucos dias, mas venho trabalhando bastante para isso.



O que representa a você está oportunidade no Palmeiras?

Todo mundo sonha jogar em time grande, ainda mais do tamanho do Palmeiras. Hoje, graças a Deus, estou realizando, muito feliz, por fazer parte desse elenco, com muitos jogadores bons e vencedores do lado. É a realização de um sonho para mim.



Quais seus passatempos em São Paulo? Tem algum lugar favorito?

É mais do treino para casa, ainda não saí muito. Só vou no shopping de vez em quando. Agora é mais trabalho.



Até onde o time pode chegar no Campeonato Brasileiro?

A caminhada é longa. Certamente é muito difícil o título, mas enquanto tiver chances vamos acreditar até o fim. Vamos jogo a jogo fazendo nossa parte e ver até onde dá para chegar.