Marcelo Oliveira alertou na volta do intervalo, era preciso ficar com a bola no pé e correr menos riscos na defesa. Mesmo assim, o Verdão foi teimoso e sofreu o jogo inteiro atrás com a pressão adversária. Sorte que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. A bola parada deu resultado, fazendo valer a insistência do técnico palmeirense em treiná-la a cada oportunidade.
Na Academia de Futebol, na última sexta-feira, já havia ensaiado exaustivamente cobranças de escanteio. Nada estaria prevendo o comandante… Ou estaria? Melhor não desconfiar do três vezes finalista da Copa do Brasil nos últimos cinco anos.
Primeiro, foi a vez do homem de confiança mostrar serviço. Vitor Hugo correspondeu às expectativas e estava lá para subir mais alto que a defesa gaúcha e abrir o placar, marcando seu sétimo gol com a camisa do Palmeiras, que lhe caiu muito bem.
Eficiente na frente, o zagueirão sofreu para segurar o adversário, que encontrou um Palmeiras perdido, nervoso e desconcentrado em campo. Amaral, com seus chutões sem sentido, já dava indícios da proximidade do desastre. Não durou em campo. Logo, Oliveira apostou em Andrei Girotto, pois o camisa 15, além de tudo, estava amarelado. Nada estaria prevendo o comandante… Ou estaria? Melhor não desconfiar, lembram disso?
Sem Robinho e com quatro atacantes em campo, era preciso um homem capaz de cadenciar a partida, dar luz ao meio-campo e deixar o Alviverde – pelo menos um pouco – com a bola nos pés. E ele estava lá no banco de reservas esperando para fazer a diferença.
Allione foi chamado aos 26 minutos para substituir o intocável – e ineficiente na noite de ontem e em algumas mais, como no clássico contra o São Paulo – Gabriel Jesus. Põe mais um acerto na conta do técnico. Este, talvez, o mais sem intenção. Bom, melhor não desconfiar.
Antes do camisa 20 em campo, a tragédia havia criado raiz, com o empate do Internacional e com Fernando Prass sendo bombardeado por chutes, pois o adversário não desperdiçou uma oportunidade sequer de testá-lo. Esperto o Verdão em assegurar seu camisa 1 até 2017.
Voltando ao meia argentino, ele estava lá para fazer a jogada que culminou com o terceiro gol – depois do já marcado tento de pênalti de Zé Roberto. Sem Allione, o Palmeiras teria dado adeus à Copa do Brasil na noite de ontem, em casa. O hermano encontrou com perfeição a boa subida de Andrei Girotto, bem posicionado na área.
Além de craques e de jogadores experientes, quem quer ser campeão precisa de elenco e, quando alguém do elenco chama a atenção, é hora de abrir passagem. Allione “quer passar”, Marcelo. Deixa o menino jogar e acerta mais uma vez nessa semifinal. Quem sabe a quarta decisão não chega, hein?
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