Ronaldinho: Apenas uma década atrás…

2/10/2015 07:37

Ronaldinho: Apenas uma década atrás…

Ronaldinho: Apenas uma década atrás…

FOTO: Wagner Meier



Uma década atrás, Ronaldinho caminhava para ser eleito pelo segundo ano consecutivo o melhor jogador do mundo. Tinha a terra a seus pés com um futebol que mais parecia ser produto do realismo fantástico, como se pudesse ser descrito apenas nos livros do Nobel Gabriel Garcia Marquez.



Era uma fantasia improvável aliada a muita eficiência. Um malabarista pragmático, da estirpe de Pelé, Garrincha, Maradona e outros poucos gênios que conseguiram unir destreza absoluta com a bola e letalidade. Chegou como astro supremo da Copa do Mundo da Alemanha, personagem mais altivo do quarteto mágico que morreria, para muitos, no excesso de euforia da preparação de Weggis.



Uma década transformou-se em um século para o meia. O crepúsculo comum aos deuses humanos, normalmente paulatino, foi abrupto no seu caso. Somente fagulhas de talento foram vistas na sequência de passagens por clubes brasileiros, entremeadas por uma incursão rápida no Querétaro, do México. A torcida do Galo há de tê-lo no coração. Não sem motivo.



Teve protagonismo no inédito título da Libertadores, sem desconsiderar que o goleiro Victor teve papel talvez até maior. No Flamengo foram raros os momentos de brilho, como no famoso duelo com Neymar na Vila Belmiro, e um gol de falta em final da Taça Guanabara. No Fluminense, nem suspiro houve. A ponto de o patrocinador principal do clube, Neville Proa, saudar sua rescisão com alívio e ironia, classificando-o de “farrista”, em entrevista à Máquina do Esporte.



Ronaldinho já tem o nome gravado no panteão da bola. O que fez é indelével, os vídeos, livros e relatos pessoais darão conta de eternizar. É de se lastimar, no entanto, que em idade não tão avançada assim, a mesma do artilheiro do Campeonato Brasileiro, Ricardo Oliveira, e seis anos a menos que Zé Roberto, não possa nos presentear com lampejos do seu talento.



A passagem-relâmpago pelo Fluminense, com nove jogos sem marcar um mísero gol, foi melancólica e acendeu o alarme de que o show pode ter mesmo terminado. Se no Fla e no Galo as pegadas do craque de dez anos atrás foram percebidas esporadicamente, desta vez não houve sombra.



A possibilidade de jogar no ascendente futebol dos Estados Unidos, que recruta nomes para dar publicidade ao seu negócio, acena que a despedida está próxima. Uma década para um atleta tem muito mais peso que para quase todas as outras profissões. Ainda assim, o fato de dez anos separarem o Ronaldinho genial do Ronaldinho improdutivo é intrigante.



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