'Neymar é craque de bola. Eu sou um garoto sossegado', diz Gabriel Jesus

Gabriel Jesus dá autógrafos em evento da Adidas, patrocinadora



"Gabriel Jesus é melhor do que Neymar". Foi ao som deste grito que o jovem atacante do Palmeiras foi recebido por torcedores em evento da patrocinadora Adidas, na noite desta segunda-feira, em um shopping na zona sul de São Paulo. Ainda tímido, posando ao lado de suas chuteiras laranjas, a promessa alviverde deu entrevista ao UOL Esporte, e evitou a comparação.



"Não tem como comparar ninguém com ninguém, cada um tem seu jogo, ainda mais com um cara como o Neymar. O Neymar é único, é um craque de bola, eu sou um garoto bem sossegado. Vejo isso mais como um carinho enorme da torcida e fico muito feliz".



Dando os primeiros passos na carreira, Gabriel já tem pelo menos uma coisa em comum com Neymar: é alvo dos zagueiros. Com a pouca idade, o atacante reconhece que apanha bastante dos rivais. Além disso, vem sendo testado fisicamente: sem férias há dois anos, se tornou titular do Palmeiras e sempre foi presença constante nas seleções brasileiras de base.



"Ah, os zagueiros batem, eles sempre bateram (risos) Mas eu acostumei com isso já, levanto e vou jogar bola", contou. "Faz acho que dois anos que não tenho férias, venho trabalhando duro, pesado, mas graças a Deus todo esse trabalho está sendo reconhecido. Eu sou garoto né, tenho que aguentar os jogos. Mas o Palmeiras tem profissionais de altíssimo nível para cuidar disso. Estou 100% pra jogar, 90 minutos, 180 minutos se precisar".



Apesar do tratamento duro dado pelos zagueiros a jogadores ofensivos e de velocidade como Gabriel, ele se orgulha de uma característica rara nos atacantes brasileiros: não gosta de cavar faltas. Firme, ele explicou à reportagem que prefere valorizar os bons lances a tentar enganar a arbitragem, e até confessou que se irrita quando outros atletas optam por se jogar.



"Isso é uma preferência minha, não tem como você ficar caindo, não tem por que deixar de seguir uma jogada que pode concluir no gol para tentar cavar um pênalti, por exemplo. Eu nunca vou fazer isso, não gosto. Na verdade não gosto nem de ver fazerem, com isso você está tentando enganar o árbitro, não é? Isso é um negócio meu, eu sempre joguei bola assim. Acho que você tem que dar valor para o lance que você faz".



Nesta quarta o Palmeiras viaja até o Rio de Janeiro para encarar o Fluminense, no Maracanã, pelas semifinais da Copa do Brasil. Gabriel certamente estará entre os relacionados, mas não arrisca um palpite. "O Palmeiras vai ser o Palmeias, vai entrar em campo determinado para fazer sua função e tentar o máximo possível fazer a vitória lá", finalizou.

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