Requinte quase atrapalha Santos, mas Palmeiras é goleado em entrosamento

Em duelo direto por G-4 e prévia da decisão da Copa do Brasil, time da Vila Belmiro exagera no preciosismo nos incontáveis contra-ataques a seu favor na etapa final

Palmeiras se portou mal taticamente em alguns momentos contra o veloz e fatal time do Santos (Foto: Marcos Ribolli)



A vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, neste domingo, foi a 15ª do Santos na Vila Belmiro em 15 jogos sob comando de Dorival Júnior. Um placar apertado e enganoso. O confronto direto na luta pelo G-4 do Campeonato Brasileiro (ou uma prévia entre os finalistas da Copa do Brasil) poderia ter terminado com goleada histórica a favor dos donos da casa, que desperdiçaram incontáveis chances, principalmente no segundo tempo.



As constantes mudanças na escalação de Marcelo Oliveira, por não poder usar alguns jogadores nas duas competições, atrapalha o entrosamento do Palmeiras, é verdade. Mas o encaixe do Santos de Dorival Júnior é, além de elogiável, quase sempre fatal. Só não foi neste domingo por basicamente três motivos: requinte nas finalizações, impedimentos e Fernando Prass – quando não houve preciosismo ou bandeira levantada, o herói da classificação palmeirense na Copa do Brasil foi bem de novo.



Ficou a impressão de que, depois de abrir dois gols de diferença, com gols de Thiago Maia e Ricardo Oliveira – ambos frutos de desatenção da defesa alviverde –, a equipe alvinegra quis embelezar uma vitória que não escaparia. Mas que quase escapou. Dudu diminuiu aos 29 minutos do segundo tempo, entre uma série de oportunidades perdidas pelos santistas, e só não empatou porque escorregou cara a cara com Vanderlei, pouco depois.



O resultado recolocou o Santos no G-4 do Brasileiro, com os mesmos 53 pontos do São Paulo, mas em vantagem no saldo de gols. Para o Palmeiras, significou se afastar ainda mais da luta por uma vaga na Taça Libertadores. Isso será mais fácil em caso de título da Copa do Brasil, cuja primeira final será em 25 de novembro, na Vila Belmiro. Desde que, até lá, melhore.



FORÇA TOTAL



Classificados no meio de semana, Dorival Júnior e Marcelo Oliveira escalaram o que tinham de melhor à disposição



Embora tivessem jogado na quarta-feira com força máxima, na semifinal da Copa do Brasil, os técnicos Dorival Júnior e Marcelo Oliveira utilizaram o que tinham de melhor, até porque suas equipes só voltarão a jogar pelo Brasileiro no fim de semana seguinte.



TOMOU REMÉDIO EM CAMPO



Aos 22 minutos do primeiro tempo, Lucas caiu no gramado e disse a Fernando Prass que estava passando mal. O médico do Palmeiras entrou em campo e lhe deu um comprimido. Não resolveu. Minutos depois, ele precisou dar lugar ao garoto João Pedro.



MAS SAIU TARDE



Lucas se preocupou com o xará Lucas Lima e, quando viu o passe para Zeca, já era tarde para evitar o cruzamento



Antes de ser substituído, o lateral-direito palmeirense falhou no primeiro gol santista. Ele duplicou a marcação em Lucas Lima, que já era combatido por Matheus Sales, e abriu a possibilidade de Zeca avançar com liberdade, receber o passe e cruzar para Thiago Maia. No momento em que o santista finaliza à rede, os dois volantes palmeirenses também não marcam ninguém.



E O FAIR PLAY, PROFESSOR?



Aos 40 minutos, mesmo com um santista caído, o Palmeiras deu sequência a uma jogada que terminou em chute de Matheus Sales no travessão. Os adversários foram para cima dele.



PERDEU GOL



Aos 47 minutos, após lançamento de Vitor Hugo para a área, Gabriel Jesus dominou e virou a bola para Robinho. Livre de marcação e cara a cara com Vanderlei, o meia bateu errado, na pequena área, e mandou a bola por cima da meta santista.



PERDEU TAMBÉM



No minuto seguinte, foi a vez de o Santos perder um gol inacreditável. Ele invadiu a área, deixou Fernando Prass no chão e bateu para o gol. Quase em cima da linha, Vitor Hugo salvou de calcanhar. No rebote, o atacante chutou na rede por fora.



2 A 0 E SARRINHO



Pouco depois do intervalo, Gabriel deu assistência perfeita para Ricardo Oliveira, na segunda trave. Ele recebeu passe na ponta direita, carregou a bola e cruzou na cabeça do artilheiro, que enganou a marcação do zagueiro Jackson e ainda tirou sarro após vazar Fernando Prass.



SERIA UMA GOLEADA



Perdendo por dois de diferença, o Palmeiras foi todo para cima, sem qualquer receio defensivo, e o Santos, entrosadíssimo e muito veloz nos contragolpes, só não emplacou uma goleada histórica por três motivos: preciosismo, impedimentos e Fernando Prass.



AINDA DÁ TEMPO DO EMPATE?



Entre a série de chances desperdiçadas pelo Santos, o Palmeiras diminuiu com Dudu. Gol que teve desvio em Daniel Guedes para atrapalhar Vanderlei, aos 29 minutos do segundo tempo.



NÃO DEU



Na melhor oportunidade de empatar, cara a cara com Vanderlei, o próprio Dudu escorregou na entrada da área e viu a bola ficar com o goleiro. Para piorar, o Palmeiras terminou com um jogador a menos, devido à expulsão de Cristaldo no final.

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