Jornalista: Palmeiras dá impressão de que Marcelo está "perdendo a mão"

Vitor Birner diz que treinador aproveitar folga para retomar controle de jogadores, mas afirma que a responsabilidade pela recaída não pode ser atribuída apenas ao técnico

Marcelo Oliveira está na final da Copa do Brasil, mas time decaiu no Brasileiro (Foto: Marcos Ribolli)



Finalista da Copa do Brasil, o Palmeiras aposta na competição para garantir presença na Libertadores da América depois de ter decaído no Campeonato Brasileiro, o que fez com que se afastasse da briga pelo G-4. Para o jornalista Vitor Birner, a queda de rendimento da equipe dá impressão de que o técnico Marcelo Oliveira está "perdendo a mão", embora ele não atribua toda a responsabilidade ao técnico e acredita que o time, mesmo com desfalques, tem condições de mostrar mais.



- Enquanto muitos times patinaram, o Palmeiras foi o que realmente teve um declínio em relação ao que mostrava. Mas mesmo com todos os desfalques, com ausência do Gabriel, com a dificuldade com saída de bola porque perdeu volantes, o Palmeiras pode jogar mais. Isso não está só na conta do técnico. Conversei com o Gabriel e perguntei: "Teve alguma briga, alguma coisa acontecendo?". Ele falou: "Não!". Parece que está tudo bem. Passa a impressão que o Marcelo está perdendo a mão do elenco - disse.



Para o jornalista, o treinador pode mudar o cenário e deve aproveitar a parada nas competições para as eliminatórias para dar essa virada e exigir mais do elenco.



- Não estou falando de resultado, mas da falta de dinâmica, da moleza, de como o time voltou mal da última paralisação para a Seleção jogar. Isso é um sinal ruim, mostra que o treinador não está conseguindo liderar um elenco como ele fazia no Cruzeiro e no Coritiba. Acho que o Marcelo precisa utilizar período para tentar retomar o controle dos jogadores. Não é uma questão de dinâmica de jogo, é questão de postura - considerou.



Sem jogar desde o último domingo, quando perdeu para o Vasco, o Verdão só volta a campo dia 18, quando encara o Atlético-PR em Curitiba. A expectativa é que o time volte diferente, levando em consideração também que, na semana seguinte, faz o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, com o Santos.



- Esses 10 dias são fundamentais para que consiga fazer o time jogar com intensidade, mais compactado, com um pouco mais de solidariedade entre atletas, vender mais caro as derrotas, conseguir vitórias em jogos mais complicados. O segundo tempo contra Inter, na Copa do Brasil, é inadmissível. Toma cinco da Chapecoense (na 29ª rodada), toma dois do Vasco (na 34ª rodada) sem mostrar poder de reação. Não é só o técnico, tem mais coisa além disso - reforçou.



A partida de ida com o Peixe será dia 25, às 22h, na Vila Belmiro. A taça estará em jogo no duelo de volta, marcado para o dia 2 de dezembro, na Arena Palmeiras.

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