O goleiro espera não voltar a ser destaque no segundo jogo contra o Santos (foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Destaque do Palmeiras no revés da Vila Belmiro, o goleiro Fernando Prass protagonizou algumas discussões com seus colegas de sistema defensivo. O clima de animosidade foi geral no primeiro confronto da final da Copa do Brasil e resultou até na expulsão de Lucas, mas o arqueiro não quer abandoná-lo de vez.
“Tem uma coisa que a gente se cobrou muito em Atibaia. A gente tinha que ter uma cobrança interna maior para acelerar esse processo do nosso time. Discuti com o Vitor Hugo, mas foi discussão de posicionamento. Não é o melhor momento para se conversar, mas é o que a gente falou. O que for para acertar, a gente tem que fazer, independentemente de ser com cabeça quente ou fria. Quando não tem mau-caratismo e sacanagem, é sempre válido”, projetou.
A expulsão de Lucas, porém, não deixa de ser motivo de preocupação para um dos líderes do elenco palmeirense, o primeiro atleta a conceder entrevista coletiva após a derrota na Vila. “Todo jogo tem que ter controle emocional não só para não cair em provocação, mas para fazer a melhor leitura da partida.
A mente manda no corpo, mas o corpo não obedece se o emocional estiver ruim. As discussões podem levar a uma expulsão, mas também são normais. O Ricardo [Oliveira] discutiu comigo, o Arouca discutiu com o Ricardo, com o Jackson, o Mouche”, listou Prass.
Citado como o melhor jogador em campo do lado alviverde, o goleiro minimizou o feito e foi além: prefere não ser tão testado no jogo de volta no Palestra Itália. “Foi o que eu falei, estou ali para isso. É claro que a gente torce e é meio paradoxal, porque você trabalha horrores e depois torce para a bola não chegar no jogo.
Tem jogos que o Barrios vai fazer gols, que o Dudu decide, e tem jogos que o goleiro aparece mais. Esse jogo foi importante porque o placar importava. Mas como é um campeonato com jogos de ida e volta, o placar é importante e uma atuação boa do goleiro também”, avaliou.
“A gente está encontrando dificuldades que não esperava encontrar, mas tem que fazer uma série de analises. Trocamos o treinador duas vezes [Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira], fizemos 25 contratações, algumas com estreias há duas rodadas.
São problemas em virtude do que a gente se propôs a fazer nesse ano para tentar subir de patamar, mas é óbvio que não está no ponto que a gente quer e a gente tem consciência disso”, encerrou. Antes de voltar a campo contra o Santos, o Palmeiras enfrenta o Coritiba neste domingo, a partir das 18 horas (de Brasília), no Palestra Itália.
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