Seis partidas: 4 derrotas e 2 empates. Onze gols sofridos e 5 marcados. Esses são os números dos últimos 31 dias do Palmeiras. Quer ir mais longe? Desde a humilhante goleada de 5 a 1 sofrida contra a Chapecoense, são 12 partidas: 2 vitórias, 2 empates e 8 derrotas. Dez gols marcados e 25 sofridos.
É difícil entender. Como o time que termina a temporada é pior que o time que começou? Como a equipe conseguiu ficar mais "desentrosada" com o passar do tempo? Esse elenco é tão fraco que merece estar na 11ª posição do Campeonato Brasileiro? Por que o Rafael Marques, destaque até a metade do ano, parou de jogar? Desinteresse, já que todos sabem que ele não vai ficar? Será que um bom técnico não conseguiria reverter essa situação? E não é só ele: Lucas, Egídio, Gabriel Jesus, Barrios... Por que ninguém está jogando bem? Gostaria que o Marcelo Oliveira respondesse tudo isso.
Nesse domingo, ele falou sobre um dos maiores problemas do Palmeiras: os famosos "chutões pra frente", marca registrada da equipe nos últimos meses. Não explicou por que, até agora, não conseguiu fazer o time jogar de outra maneira. Mas, pelo menos, mostrou um pouco de indigação. Disse que "não um é imbecil". Abaixo, a resposta de Marcelo Oliveira na coletiva depois da derrota por 2 a 0 contra o Coritiba, em pleno Allianz Parque.
Marcelo, sabemos que você não é um imbecil. E respeitamos a sua história, seu bicampeonato brasileiro com o Cruzeiro e seu ótimo trabalho no Coritiba. Só que o Palmeiras está jogando mal há muito tempo, seja com o time titular, seja com o time reserva. O Palmeiras vive, sim, apenas de chutões pra frente. O exemplo mais claro é a partida de ida da semifinal da Copa do Brasil. Foram 30 "balões" contra o Fluminense. Trinta jogadas que não deram em nada. Trinta vezes que o Palmeiras entregou a bola para o adversário. O vídeo abaixo traz esses 30 lances que mostram como um time bem organizado não deve se portar em uma partida.
O que dá esperança ao torcedor palmeirense é que a última vitória foi contra o Fluminense, na semifinal da Copa do Brasil. Dois a um no tempo normal e classificação na disputa de pênaltis. No jogo mais importante, o Palmeiras conseguiu ganhar. Graças ao apoio da torcida, à noite inspirada de Barrios, aos milagres de Fernando Prass. Seria muito melhor se a vitória viesse também com organização, padrão tático, entrosamento.
Contra o Santos, na próxima quarta-feira, o cenário pode se repetir. Não tenho mais esperança de ver um time organizado em campo. Mas acredito na superação de Fernando Prass, Vitor Hugo, Dudu e companhia. Acredito na força da torcida do Palmeiras. Se o Palmeiras for campeão da Copa do Brasil, não será por mérito do técnico Marcelo Oliveira. Mas, com certeza, ele utilizará a conquista para enaltecer seu currículo e se justificar em uma próxima entrevista coletiva.
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