A torcida do Palmeiras foi ousada ao produzir um imenso Fernando Prass, ao lado da taça e de Cléo, um torcedor-símbolo, no mosaico apresentado na entrada do time em campo.
Tal qual escrevi segunda-feira, era Prass quem podia falar ao elenco sobre identidade. Quem fez isso foi a arquibancada, usando uma imagem gigante que, duas horas depois, descobrimos ser na verdade uma miniatura. Estava clara a identificação entre as partes.
De alguma forma acredito que foi a gente, com aquela imagem, que colocou Fernando Prass na marca do pênalti. Jogador decente pega para si a responsabilidade, e não a vaidade, de representar a torcida quando ela te elege o líder.
É uma sina nossa. Se um marciano me perguntasse o que o Palmeiras tem que nenhum outro time na terra tem, eu diria que é esta relação com seus goleiros. Já virou um traço cultural. Em um mundo onde torcedor tem medo do próprio arqueiro, aqui a gente gosta de todos. O Goleiro Do Palmeiras é uma entidade mística do futebol brasileiro.
Fernando Prass foi o primeiro goleiro que o Palmeiras contratou desde o paraguaio Gato Fernández, em 1994. Não será nosso último herói de azul.
Acabou, Petros.
Acabou, Ricardo Oliveira.
Nem tão pequenos assim, Carlos Miguel Aidar.
Dudu não foi, afinal, um negócio tão ruim quanto o despeito rival torceu para ser.
Zé Roberto, lembra das piadas com a sua preleção?
Sem muito mais o que dizer por enquanto. O Periquitão está de ressaca. E maravilhado.
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