Toninho Cecílio foi dirigente do Palmeiras entre 2007 e 2010. Durante sua passagem, o Alviverde conquistou o título do Campeonato Paulista de 2008, brigou pelo título do Campeonato Brasileiro do ano seguinte e foi à Libertadores. Em entrevista ao blog, Toninho relembrou seus melhores momentos no Verdão. E também comentou a gestão do presidente Paulo Nobre, que chegou em 2013.
– Difícil comparar as duas gestões. Acho até injusto. São tempos diferentes. Hoje (no Palmeiras) há dois profissionais competentes: Alexandre Mattos e Cícero Souza. Muito capacitados. Paulo Nobre acertou em cheio nas contratações deles. Na minha época, tinha apenas um profissional trabalhando nessa área, que era eu, então era uma missão mais complicada.
– Posso destacar que tínhamos uma avaliação do trabalho do treinador e elenco, havia a coordenação técnica dos treinadores da base e a monitoração dos jogadores que estavam emprestados aos outros clubes. Criamos o contrato de produtividade, exemplo do Denilson, Léo Lima. Isso foi um contrato inédito. A questão disciplinadora também foi uma novidade, então fizemos coisas boas – disse Cecílio.
Toninho faz questão de elogiar o atual presidente do clube, Paulo Nobre. Os dois se conhecem desde 2007, ano em que Nobre atuou como vice-presidente na gestão de Affonso Della Monica.
– Paulo Nobre é um dos maiores dirigentes do Brasil. Considero bastante, de cultura invejável. Dinâmico. Vice-presidente quando eu trabalhava lá. Sempre o ouvi com muito respeito, eu sempre achei que ele iria ser um grande profissional. Está aí, comprovado. Solidificou a sua gestão, trazendo novas linhas de produção e está na história do clube – avaliou.
Paulo Nobre decidiu injetar dinheiro próprio para beneficiar o Palmeiras. Injetou mais de R$ 100 milhões, que voltarão para o dirigente em até dez anos, com juros menores do que seriam cobrados do Verdão pelas instituições financeiras. Saiba mais. Houve críticas e elogios quanto a essa postura. Toninho Cecílio não vê como problema e aponta que o repasse à instituição foi importante para fazer grandes investimentos.
– Não vejo como grande problema (o fato de ele ter colocado dinheiro próprio no clube), até porque isso foi documentado, com juros, prazos. Seria o mesmo que o clube pegasse um empréstimo de um banco. E o presidente conseguiu aportar valores, tem um estádio reformado e conquistou o título da Copa do Brasil – afirmou.
Toninho Cecílio foi jogador do Palmeiras entre 1986 a 1992. Disputou 267 jogos e anotou 12 gols. Depois de atuar como dirigente no clube, assumiu o posto de treinador. Teve passagem por vários clubes do Brasil, como São Caetano, Vitória, Comercial, Avaí e ABC, do Rio Grande do Norte. Atualmente, está no Mogi Mirim.
– Vejo que o treinador, para evoluir, tem que estar em grandes times do Brasil. E se um dia aparecer uma oportunidade no Palmeiras, ficaria honrado em voltar ao clube onde tenho grande carinho e respeito – concluiu.
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