Experiência, opções e defesa forte: o saldo do Palmeiras no Uruguai

25/1/2016 07:35

Experiência, opções e defesa forte: o saldo do Palmeiras no Uruguai

Verdão voltou a São Paulo sem o título do quadrangular amistoso, mas com bagagem e variações para Paulistão e Libertadores; Marcelo Oliveira aprova reforços

Experiência, opções e defesa forte: o saldo do Palmeiras no Uruguai

Moisés se destacou no torneio quadrangular de Montevidéu (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)



O Palmeiras não conquistou o título do quadrangular que disputou no Uruguai, mas o saldo da viagem foi positivo para a equipe. Após uma semana dedicada somente a treinos em Itu, o técnico Marcelo Oliveira teve a chance de colocar em prática, contra adversários qualificados, o trabalho desenvolvido nos treinos do início de 2016.



O Nacional, com quem o Verdão empatou por 0 a 0 no tempo normal e perdeu por 4 a 3 nos pênaltis (veja os lances da partida no vídeo acima), será adversário na fase de grupos da Taça Libertadores, nos dias 9 e 17 de março. O River Plate do Uruguai, goleado por 4 a 0 em jogo-treino, pode ser o rival logo na estreia. Chegar aos respectivos duelos com uma noção do estilo de cada um é um diferencial, na avaliação do técnico Marcelo Oliveira.



A vitória por 2 a 0 sobre o Libertad, na última quarta-feira, mostrou um Palmeiras mais preocupado em trocar passes e compactar as linhas na saída de bola. Os chutões, que tanto atrapalharam no ano passado, diminuíram bem.



Alguns problemas vieram à tona no primeiro tempo do empate com o Nacional. Diante da marcação alta do time uruguaio, o Palmeiras sofreu um pouco com a falta de entrosamento de suas peças. Moisés, um dos reforços que mais se destacou na pré-temporada até aqui, entrou como titular, mas não se entendeu muito bem com Arouca, e a equipe não pressionou na cabeça de área. Havia um vazio no setor.



No ataque, Erik, autor de um gol na vitória sobre o River Plate e de uma assistência no triunfo sobre o Libertad, foi testado na vaga de Gabriel Jesus. Fez o que pode: saiu do ataque para buscar a bola, tentou se aproveitar da própria velocidade, mas também esbarrou nos marcadores do Nacional.



– Eu vi que temos uma boa condição técnica, um time-base. Novos jogadores podem ser utilizados nesse processo, temos um leque maior de opções na sequência – avaliou Marcelo Oliveira após a derrota nos pênaltis.



É verdade. Além de Moisés e Erik, o técnico ainda tem Régis, que vem mostrando bom desempenho nos treinamentos, caso queira substituir Robinho na armação. Entre os volantes, a concorrência é ainda maior: Arouca, Matheus Sales, Moisés, Gabriel, Rodrigo... E Jean, que está sendo preparado para o início do Campeonato Paulista.







Os imprevistos, como as lesões sofridas por Rodrigo e Cleiton Xavier na pré-temporada, atrapalharão menos o trabalho de Marcelo Oliveira. Ainda que algumas peças demorem mais na recuperação entre um jogo e outro, como o próprio técnico admitiu, haverá alguém à altura para a reposição.



Ter opções além dos 11 nomes titulares é fundamental para disputar duas competições simultaneamente e num prazo curto entre os jogos, como acontecerá com o Paulistão e a Libertadores.



– Eles vão alavancar a saída de bola, transição pro ataque, tenho certeza que isso vai acontecer em um prazo curto – avaliou Marcelo, sobre as correções na equipe.



Por fim, a defesa se apresenta como um ponto alto – e que foi alvo de elogio do técnico palmeirense ainda no vestiário, após a derrota para o Nacional. No tempo normal das duas partidas (180 minutos) e no jogo-treino (60 minutos), o Verdão não sofreu nenhum gol. Edu Dracena se mostrou à vontade, Leandro Almeida não deixou a desejar na reposição a Vitor Hugo. O que era dor de cabeça em 2015 pode virar tranquilidade nesta temporada.



A última semana de preparação antes da estreia no Paulistão, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, no dia 31, começa na tarde de terça-feira, quando os jogadores retomam as atividades na Academia de Futebol. Como o presidente Paulo Nobre disse na última quinta-feira, “Marcelo tem muitos ovos para fazer uma omelete”. Basta acertar a receita.





Grupo palmeirense durante treino no Uruguai (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)


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