Análise: Palmeiras compensa pouca criatividade com velocidade de sobra

1/2/2016 07:32

Análise: Palmeiras compensa pouca criatividade com velocidade de sobra

Primeiro gol poderia ter saído no minuto inicial, em contra-ataque; em lance muito parecido no segundo tempo, Dudu não desperdiçou e fechou o placar em 2 a 0

Análise: Palmeiras compensa pouca criatividade com velocidade de sobra

Dudu mostrou velocidade do início ao fim (Foto: MARCOS LIMONTI/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO)



Um minuto de jogo, um contragolpe, uma chance clara, um gol perdido. O Palmeiras estreou no Campeonato Paulista a todo vapor, em Ribeirão Preto. O placar do duelo com o Botafogo, no entanto, só foi aberto aos 15 minutos da etapa final. O time pouco criou. Os gols, marcados por Alecsandro e Dudu, saíram em momentos de rápida ligação entre defesa e ataque.



O primeiro gol começa em lançamento de Fernando Prass, no segundo tempo. Lucas pegou a sobra e cruzou para Alecsandro, criticado por parte da torcida antes do intervalo, abrir o placar. Já aos 41 minutos, Robinho lançou Dudu. O meia-atacante, grande nome da equipe na partida, disparou de trás do círculo central, invadiu a área e fuzilou a rede adversária.



Velocidade é o principal ponto forte do Palmeiras 2016, que lembra muito o de 2015, mas começa a corrigir alguns defeitos do ano passado. A saída de bola, aos poucos, vai sendo cada vez mais pelo chão. Neste domingo, ela começou com Thiago Santos. Sim, Thiago Santos foi titular, no lugar de Matheus Sales, por opção do técnico Marcelo Oliveira.



Ainda restam pontos a serem melhor trabalhados. O setor de criação é um deles. Dudu, que aparece centralizado na prancheta tática alviverde, reveza muito com Robinho (escalado inicialmente pelo lado direito) quando o Palmeiras tem a bola. O primeiro corre e dribla como poucos. O segundo dá muitos lançamentos. Mas a distribuição ainda parece carecer de um verdadeiro camisa 10.



THIAGO SANTOS?



Marcelo Oliveira surpreendeu ao deixar Matheus Sales no banco e começar com Thiago Santos como titular



Lucas Barrios, vetado em razão de inflamação na lombar, não foi a única ausência no time titular. Ao ser anunciada a escalação, outra novidade: Matheus Sales começaria no banco, dando lugar a Thiago Santos. Segundo Marcelo Oliveira, porque o novo titular vinha treinando bem, apresentava bom condicionamento físico e tinha altura melhor para a bola parada.



QUE PECADO...

Logo no primeiro minuto, como na final da Copa do Brasil do ano passado, Gabriel Jesus perdeu um gol cara a cara. Em contra-ataque iniciado por Arouca, o atacante disparou do campo de defesa até a área adversária e finalizou em cima de Neneca.



"CRISTALDO"

A paciência da torcida em Ribeirão Preto com o substituto de Barrios durou muito pouco. Alecsandro fez finalizações e passes ruins e ouviu gritos de "Cristaldo" (argentino que estava no banco como opção para Marcelo Oliveira) aos 33 minutos.



PRASS!



Um dos melhores do Palmeiras foi Fernando Prass. O goleiro fez importantes defesas ao longo de toda a partida. A primeira difícil ocorreu aos 40 minutos. Adiantado, ele saltou após arremate da entrada da área e espalmou a bola para escanteio.



PROVOCAÇÃO

Nunes, atacante que costuma fazer gols no Palmeiras, provocou bastante os defensores. O primeiro a cair na pilha foi o zagueiro Leandro Almeida. Mas também Alecsandro e o volante Thiago Santos se estranharam com o adversário. O árbitro chamou a atenção dos dois lados, e a situação melhorou no segundo tempo.



FALOU

No intervalo, pouco depois da insatisfação da torcida, Alecsandro se defendeu: "O torcedor tem que achar um culpado. O time não está bem. Como venho (mal) do ano passado, o pessoal está pegando no pé. Vou dar a volta por cima, a torcida ainda vai me aplaudir bastante".



E FEZ

Quinze minutos depois da entrevista, o centroavante cumpriu a promessa. Após cruzamento de Lucas pela direita, ele acertou belo cabeceio. Neneca desviou, a bola tocou no travessão e novamente no goleiro antes de entrar. Na comemoração, até Fernando Prass apareceu no campo de ataque para abraçar o colega. Curiosidade: instantes antes do gol, Marcelo Oliveira havia pedido para chamarem Cristaldo. O gol fez o técnico desistir da alteração.



DU, DUDU E EDU

O camisa 7 foi o grande nome do Palmeiras neste domingo. Muito veloz, não acusou cansaço nem cãibra – como fizeram três jogadores (Thiago Santos, Gabriel Jesus e Arouca) –, deu dribles desconcertantes nos zagueiros adversários e anotou um belo gol ao receber lançamento do campo de defesa, aos 41 minutos do segundo tempo.


6297 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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