Zagueiro negou elenco rachado: “Não tem motivo” (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Escolhido para dar entrevista coletiva nesta terça-feira, Vitor Hugo resolveu rebater qualquer comentário de mau ambiente no Palmeiras. O zagueiro garantiu que o elenco é unido e, como cobrou o capitão Zé Roberto em preleção na semana passada, está fechado com Marcelo Oliveira, técnico que sofre contestações por estar sem vencer há cinco jogos após seis partidas oficiais na temporada.
“O grupo não está rachado. Nem tem motivo para isso”, disse o camisa 4. “O grupo é muito bom mesmo, de verdade. Todos trabalhadores e firmes. O momento que é chato. Sou um cara que costuma rir e brincar, mas estou meio cabisbaixo e sério porque a situação incomoda. Gostamos de vencer sempre e estamos conversando muito, mesmo com quem não está jogando, para acertar o time. Todos querem um nível de atuação tão bom quanto na final da Copa do Brasil, um jogão que ficou na história.”
A esperança é de que o rendimento da decisão de dois meses atrás se repita com Marcelo Oliveira no comando. O técnico já teve sua permanência garantida pelo presidente Paulo Nobre, mas o volante Matheus Sales admitiu preocupação no elenco com o risco de demissão do técnico e as cobranças exageradas incomodam Vitor Hugo.
“Pressão é uma palavra natural porque o Palmeiras é muito grande. Todos, em qualquer profissão, trabalham sob pressão dos superiores, o futebol só é um pouquinho diferente porque são milhões de torcedores esperando o resultado. Mas incomoda ouvir que o Marcelo está balançando porque estamos com ele”, declarou o zagueiro, avisando que o comandante não perdeu autoridade no plantel.
“Em qualquer lugar tem 30 jogadores e só 11 vagas. Alguém fica um pouco chateado e é até bom porque, quando tiver oportunidade, dá a vida para não sair. Se eu tivesse que administrar isso, acharia complicado lidar com esse tanto de gente. Mas o professor é calejado, tem muitos anos de experiência. Ele sabe lidar com isso”, enalteceu.
Em defesa do técnico, Vitor Hugo argumenta até a favor das seguidas mudanças de escalação. “Repetir o time é importante para ter entrosamento, mas acontecem suspensões, lesões e questões técnicas e táticas que atrapalham o trabalho do treinador. Ele está buscando a melhor forma de encaixe e trabalha todos os dias para isso, faz o melhor dele e quer o melhor do grupo. Está fazendo um bom trabalho e se esforçando. É ajustar e melhorar a concentração e as vitórias virão naturalmente”, apostou o zagueiro.
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