Allianz Parque é administrado pela Real Arenas, braço da WTorre
Não é mais segredo que a WTorre possui uma série de dívidas registradas em cartório ou sendo cobradas nos tribunais referentes a serviços prestados dentro do Allianz Parque. Mas, agora, a Justiça tentou fechar o cerco e procurou penhorar os bens da construtora para saldar algumas inadimplências, mas não conseguiu nada, conforme apuração do ESPN.com.br.
Em uma dívida com a Casa Seca Impermeabilizações, no valor de R$ 155.623,80, por exemplo, O Judiciário se dirigiu ao Allianz Parque de olho em bens para a penhora. Em vão.
O oficial de Justiça responsável avisou à juíza Viviane Nóbrega, que julga o caso, que o escritório da Real Arenas, braço da WTorre que administra o Allianz e fica dentro do Allianz Parque, não tem absolutamente nenhum item valioso que possa garantir o prosseguimento da ação.
"Certifico eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº 002.2016/001555-0 dirigi-me ao endereço Avenida Francisco Matarazzo, n. 1705, sala 01, Água Branca, São Paulo, e aí sendo, citei a empresa Real Arenas Empreendimentos Imobiliários S/A, colocando-a ciente do inteiro teor do presente mandado após sua leitura. Em seguida, a representante da executada exarou sua assinatura e aceitou a senha de acesso aos autos. Decorrido o prazo legal, retornei ao endereço retromencionado, onde deixei de proceder à penhora e avaliação de bens da executada, haja vista que no local só havia objetos de pequeno valor que guarneciam o escritório, sendo todos insuficientes para garantia da dívida. Assim sendo, devolvo o mandado ao cartório, solicitando à parte interessada que indique bens de propriedade da executada, colaborando, assim, para o efetivo cumprimento do presente", disse o oficial.
A Casa Seca realizou serviços de construção civil, como a execução de impermeabilização no estacionamento do Allianz Parque, incluindo o fornecimento e aplicação dos materiais, utilização de equipamentos, máquinas e ferramentas auxiliares, mão de obra e demais elementos necessários. Em dois contratos, feitos em 2013 2015, o valor acordado foi de R$ 2,2 milhões. Só que a empresa jamais recebeu os números combinados de forma integral.
O mesmo depoimento foi dado pelo oficial de Justiça que foi citar a Real Arenas por uma dívida de R$ 108.128,28 com a Açotubo Indústria e Comércio Ltda. O profissional avisou aos tribunais a mesma coisa: não existia absolutamente nenhum item de valor no escritório da WTorre, no Allianz Parque.
No caso da Açotubo, a Real Arenas adquiriu produtos da empresa por R$ 91.107,65, mas jamais pagou um centavo sequer, o que fez a empresa ir à Justiça.
Até o momento, a empresa que administra o Allianz Parque já superou 370 protestos abertos em cartórios paulistas por discussões de supostas dívidas adquiridas por serviços prestados dentro do estádio do Palmeiras. Ainda existem outros 25 processos que correm na Justiça, sendo um deles de R$ 40 milhões da Cervejaria Petrópolis.
OUTRO LADO
Procurada, a WTorre, por meio de sua assessoria, comentou o pedido de penhora. Veja o que diz a empresa:
A WTorre esclarece que vem negociando todos os débitos pendentes com seus credores e que, em alguns deles, as partes já chegaram a acordo que estão sendo cumpridos.
Gostaríamos de lembrar que, assim como a maioria das empresas brasileiras ou aqui instaladas, a WTorre não está imune as consequências de um cenário econômico adverso. Apesar deste ambiente desafiador, a companhia continua entregando para a cidade de São Paulo e para o País, os mais modernos ícones do entretenimento contemporâneo, como o próprio Allianz Parque.
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