O Palmeiras e a torcida que canta, vibra e pega no colo

2/3/2016 14:25

O Palmeiras e a torcida que canta, vibra e pega no colo

O Palmeiras e a torcida que canta, vibra e pega no colo

Não é a Libertadores, é o Palmeiras que é nossa eterna obsessão



O time vem apresentando um futebol terrível. Não existe arrumação tática nenhuma. O técnico é enxovalhado diariamente, tem a cabeça pedida pela torcida e foi bancado pelo presidente, mas só nos bastidores, porque cartola não é louco de prometer nada publicamente. Vários jogadores estão longe de render o esperado. Outros estão, pela enésima vez, contundidos e dificilmente estarão em campo - se jogarem, será longe de sua melhor forma.



O parágrafo acima é sobre Palmeiras x Rosario Central, nesta quinta-feira, 3 de março de 2016, mas, com uma ou outra adaptação, poderia ser uma chamada para tantos outros jogos na história recente do clube. Palmeiras x Libertad, na mesma Libertadores, em 2013; as semifinais e finais da Copa do Brasil de 2012, com Marcelo Oliveira do outro lado; a sequência final do Brasileirão de 2014; a reta decisiva da Copa do Brasil do ano passado, coroada com o título e a inacreditável festa nas ruas ao redor do estádio.



Em comum entre todos esses jogos, o que fez a diferença foi a torcida. Se dentro de campo o time sofria para acertar dois passes ou arriscava lançamentos longos como se tivéssemos em campo três ou quatro Gersons da Copa de 70, do lado de fora o empurrão do povo vestido de verde e branco fazia a coisa acontecer. Eu vi isso, pessoalmente, do tobogã do Pacaembu contra o Grêmio, no returno do Brasileirão de 2014: um 0 a 0 sofrido no primeiro tempo, gol deles, seguido pela expulsão do traidor Barcos e uma catarse que levou o time à virada com improváveis gols de Mouche e João Pedro. Na saída, com amigos, coimentávamos: foi a torcida que ganhou aquele jogo.



Foi a torcida que ganhou a Copa do Brasil de 2012 com gol do eterno Betinho (aquele que nunca existiu, segundo o Leandro Iamin). Foi a torcida que fez Dudu se esticar para acertar o carrinho contra o Santos, exatos três meses atrás (parece que foi ontem). Capaz de ter sido a torcida até que deu um empurrãozinho no Gum e outro no Marquinhos Gabriel na hora de bater os pênaltis.



É a gente que vai fazer a diferença contra o Rosario Central. A gente que canta e vibra, mas que também corneta, que reclama do patrocinador e do administrador do estádio, que vaia (com razão) após as derrotas e as atuações ridículas, mas que, com a bola correndo, incentiva, grita, torce, chora, explode de alegria a cada gol e de "uuuuuhhhhhh" a cada lance de perigo.



O Allianz Parque vai estar cheio amanhã à noite, a despeito da dificuldade relatada aqui mesmo no FC, semana passada, para comprar ingresso. Cheio de alegria, de esperança, de angústia, com disposição para se esgoelar, cantar, xingar, gritar, comemorar.



Nossa obsessão não é a Libertadores, é o Palmeiras. Como diz o grito da Mancha, se o Palmeiras vai jogar, nós vamos. E jogamos junto com ele. Ganhando ou perdendo, levamos nosso time nos braços. É sobre isso o futebol - muito mais que vitórias ou derrotas, sobre estar junto e se sentir um só ao lado de tantos.



Vamos, Palmeiras!



***




Leonardo teve uma passagem discreta pelo Verdão. Jogou pouco perto do que se esperava, do potencial que tinha mostrado no Sport. Acabou sendo uma breve nota em nossa gloriosa história, mas foi grande em outros lugares. E é sempre triste ver alguém morrer jovem, no auge da vida, sonhando com uma nova carreira. Vale conferir a homenagem do amigo Mauricio Targino no BlogSport. Porque o futebol, sim, é mais que vitórias ou derrotas, craques ou perebas. É sobre gente - como eu, você que está lendo e o Leonardo, que Deus o tenha.


8877 visitas - Fonte: ESPN FC

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