Com dupla de psicólogos, Palmeiras tenta trabalhar a cabeça dos atletas

Sem explicações para instabilidade, Verdão chega a três derrotas consecutivas e se vê pressionado pela torcida na busca por resultados

Cuca procura explicações para a má fase (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo)



Cuca foi um dos últimos a deixar o vestiário do Palmeiras após a derrota por 2 a 1 para o RB Brasil, nesta quinta-feira, no estádio do Pacaembu. O técnico ficou conversando com José Aníbal e Eduardo Cillo, psicólogos do clube.



Após três derrotas consecutivas em seus três primeiros jogos, o comandante busca estabilizar o lado mental do elenco, que se vê sem alternativas para escapar da crise.



Diversos fatores foram apontados como culpados pelos altos e baixos do Palmeiras nos últimos meses. Falhas na preparação física, problemas com treinador, elenco rachado... Os jogadores insistem: o problema não é interno. Eles próprios não conseguem explicar o porquê de tantos tropeços neste início de temporada.



– É difícil, eu não sei o que fazer. O Cuca está quebrando a cabeça para achar uma solução. Não tem tempo, não tem tempo de treinar. Agora vai ser o momento de eles (psicólogos) atuarem. Vai ter o lado deles também – afirmou o meia Robinho.



– Cada vez que a gente não vence a pressão é maior, a intranquilidade é maior, e temos que passar por cima disso. A gente não pode querer convencer o torcedor a não vaiar. Tem que ter personalidade, independentemente do momento. A fase não vai virar sozinha, só com a gente dentro de campo dando a resposta – opinou o goleiro Fernando Prass.





Palmeiras tenta recuperar a confiança do elenco em uma fase decisiva da temporada (Foto: Rodrigo Faber)



Com a troca de treinador, a pressão da torcida sobre a diretoria é cada vez maior. O presidente Paulo Nobre e o diretor de futebol Alexandre Mattos se tornaram alvos dos torcedores que compareceram ao estádio do Pacaembu no duelo com o RB Brasil. O planejamento foi questionado, e uma organizada chegou a classificar a equipe como “time de Série B”.



Após o jogo, Mattos passou rapidamente pela zona mista. Ele se limitou a pedir desculpas aos palmeirenses e pregar mais trabalho para superar a má fase. O diretor, que tem contrato com o clube até o fim do ano, divide opiniões internamente, especialmente entre conselheiros.



Desde a chegada de Cuca, o Palmeiras perdeu para o Nacional do Uruguai, pela Libertadores, e para Audax e RB Brasil, pelo Paulistão. O desempenho do Verdão em 2016 deixa a desejar: são seis vitórias, cinco empates e seis derrotas em 16 partidas disputadas.