Ex-goleiro Fábio Costa vai lucrar com jogo do Palmeiras em Prudente

Fábio Costa ganhará comissão sobre a renda por ter intermediado as negociações entre Água Santa, mandante da partida, e a empresa do ex-atacante Roni

Fábio Costa vai ganhar comissão por ter ajudado a levar jogo para Prudente (Foto: Bruno Gutierrez)



Neste domingo, o Água Santa, de Diadema, será o mandante da partida contra o Palmeiras, pelo Paulistão, mas jogará a quase 600 km de sua casa. O presidente do clube, Paulo Sirqueira, decidiu não jogar em Diadema porque uma das arquibancadas do Distrital de Inamar está inacabada, o que tira 2.800 assentos da capacidade total do estádio.



Procurando um novo local para o confronto, o Água Santa se deparou com uma proposta do ex-goleiro Fábio Costa, que jogou por Corinthians e Santos, de levar a partida para o Prudentão, em Presidente Prudente.



Aposentado dos gramados, Fábio Costa é amigo de Roni, com quem jogou na Seleção Brasileira sub-20 e no Santos. O ex-atacante do Fluminense possui uma empresa que "compra" os mandos de jogo e leva partidas para cidades em que possa haver boa presença de público, o que gera lucros com bilheteria. Fábio Costa não faz parte da empresa, mas ganhará comissão sobre a renda do jogo por ter intermediado as negociações entre Água Santa e a Roni7.



A renda da bilheteria será dividida igualmente entre o clube de Diadema e a empresa do ex-atacante. Por contrato, o Água Santa já tem garantido R$ 300 mil, mesmo se os lucros com ingressos não chegarem a este valor. O Água Santa não teve de pagar nada para a empresa de Roni organizar o jogo. As conversas com a prefeitura de Presidente Prudente foram feitas pelo ex-atacante.



– Diadema não comportaria um jogo desse tamanho. Não vou correr o risco de colocar os torcedores em perigo. Se a gente quisesse colocar o jogo no Distrital, poderia, porque a Federação Paulista autorizou, já que a arquibancada está em perfeitas condições, mas sem acabamento. Também é covardia colocar um jogo desses só para 7 mil pessoas – afirma Paulo Sirqueira, presidente do Água Santa.



– A gente assume todo o controle do jogo e o clube recebe um cachê para isso. A gente traz os clubes, assume a logística e as licenças dos jogos, faz as reuniões, organiza a presença da Polícia Militar... A gente procura os clubes, em alguns casos os times vêm atrás de nós. Ocorrem as propostas e tomamos conta dos jogos – diz Roni.



Por causa de reformas em estádios da capital paulista e punições ao clubes, o Prudentão recebeu bom número de jogos dos grandes de São Paulo entre 2009 e 2013. Porém, nos dois últimos anos, a cidade não sediou partidas importantes. Já que em Presidente Prudente há número considerável de palmeirenses, a cidade foi escolhida para receber o duelo pela 12ª rodada do Paulistão.





Prudentão será palco de Água Santa x Palmeiras (Foto: Ingrid Aguiar / GloboEsporte.com)



Antes de o Prudentão ser definido para abrigar o jogo, a diretoria do Água Santa pensou em levar a partida para o estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo, cidade vizinha a Diadema, ou ao Pacaembu. Paulo Sirqueira não chegou a conversar com Paulo Nobre, o mandatário palmeirense, sobre a decisão de levar a partida para a cidade que fica a oito horas da capital paulista.



– São Bernardo é uma cidade muito carente. Não tem condição de colocar ingressos em um preço um pouco maior lá. São Bernardo e Corinthians não deu casa cheia. Então fica a preocupação de não lotar, mas para nós seria um desgaste menor com viagem – diz Paulo.



– Já o Pacaembu é muito caro. Segundo contas, você precisa de 12 mil pessoas para não ter prejuízo. Poderia dar inversão de mando porque o Palmeiras é de São Paulo – completa o presidente do Água Santa.