Um dos maiores vexames da história do Palmeiras. Derrota por 4 a 1 para o Água Santa de Diadema

28/3/2016 14:23

Um dos maiores vexames da história do Palmeiras. Derrota por 4 a 1 para o Água Santa de Diadema

Time omisso, mal treinado e que mereceu ser goleado. Quarta derrota em quatro jogos do comando de Cuca. E agora, Paulo Nobre?

Um dos maiores vexames da história do Palmeiras. Derrota por 4 a 1 para o Água Santa de Diadema

Paulo Nobre, Alexandre Mattos, Mancha Verde, Cuca e a displicência de um grupo omisso, repleto de coadjuvantes passivos. Esses os responsáveis por mais um vexame histórico do Palmeiras. O time aceitou ser impiedosamente goleado pelo humilde Água Santo de Diadema. 4 a 1 em Presidente Prudente. Com direito a olé e um coro angustiado da própria torcida.



"Vergonha...Time sem vergonha. Vergonha...Time sem vergonha."



Um torcedor revoltado pulou os alambrados e queria invadir o campo para cobrar os jogadores. Ele colocou a camisa verde sobre o gramado e a beijou. Protesto constrangedor.



O clube é o último colocado no grupo B. E apenas o 13º na colocação geral do insignificante Campeonato Paulista.



Vexame inesquecível hoje em Presidente Prudente.





"Vergonha é quando mata, rouba. Sinto tristeza. Estamos lutando. Parece que temos 100 quilos nas costas. Não temos mais tempo para lamentar. Nós que colocamos o Palmeiras nesta situação. Nós que temos de tirar. Para nós é uma dificuldade enorme para marcar gols. A bola está queimando nos pés. E quando a bola chega, entra."



"Uma goleada dessas tira a tranquilidade, a confiança. Agora é hora de trabalhar e acreditar. Quem não acreditar tem de sair do barco. Não podemos abaixar a cabeça para tudo não piorar de vez. Agora é juntar os cacos", desaba Fernando Prass.



"Não adianta pensar que tem um super time. Temos um bom time, vamos parar por aí. Requer ajustes, com o Alexandre (Mattos), o presidente em cima disso", desabafou Cuca, citando, pela primeira vez, os grandes culpados. O presidente e seu executivo 'nota 100'.



"O Palmeiras tem de pensar em conjunto, tem de se unir, fortalecer. Tem de entender que tem de melhorar com o que tem aqui e trazer mais jogadores para buscar título, que não vai ser de uma hora para outra, com toque de mágica. Vai ter de ter muito trabalho e compreensão de todas as partes: diretoria, comissão técnica e torcedor." Cuca quer reforços, sabe que o grupo não tem coesão, faltam peças para encaixá-lo. Problema comum quando presidente monta elencos.



"Para entendermos esse momento horrível que estamos passando e tirarmos disso uma saída. Tomara que tenha chegado ao fundo do poço, porque de lá não passa. E se não chegou ainda, tem mais para ir. Talvez não agrade muita gente, mas eu falo de coração", resumiu o técnico. Já prevendo novos vexames.



O clube que depende de um milagre para não ser eliminado na primeira fase da Libertadores, agora corre risco de não participar sequer da segunda fase do fraquíssimo Campeonato Paulista. Está atrás de Ituano, Novorizontino, Ponte Preta e São Bernardo, no grupo B. Não depende mais dele. Precisa passar três desses quatro times, nas próximas três rodadas. Ou será eliminado.



Foi a quarta derrota em quatro jogos de Cuca comandando a equipe. É um dos piores inícios de trabalho no Palestra Itália. Sob o comando do treinador, a equipe fracassou contra Nacional, Audax, Red Bull e Água Santa.



Torcedores da Mancha Verde não tinham o direito de encher os pulmões e chamar o time de 'sem vergonha'. Pelo menos 50 desses palmeirenses deram sua contribuição ao Água Santa. Invadiram o Centro de Treinamento da Barra Funda. Interromperam o treinamento. Intimidaram os jogadores, pressionaram Cuca. Sabotaram o que restava do emocional de um time em crise. Era mais do que previsível. Se o Palmeiras saísse atrás no placar, em Presidente Prudente, implodiria. Foi o que aconteceu. A falta de confiança e o medo da própria torcida dominou o time.



Os jogadores comentaram entre eles a facilidade que a Mancha teve para invadir o treino. E também a falta de atitude da diretoria. Ela poderia ter denunciado a invasão à polícia. Ter prestado queixa. Mostrado que não estava conivente com as ameaças dos torcedores. Mas se calou. A atitude poderia e foi interpretada como conivência, que concordaria com as cobranças aos berros e palavrões ao caríssimo time.



Paulo Nobre ameaçou tomar providências contra a maior torcida organizada palmeirense. Passou o sábado, veio o domingo e nada. A omissão envenenou o ambiente.



Fernando Prass e Cuca resolveram agir. O goleiro exigiu que o time acompanhasse o hino nacional abraçado. Como a infeliz Seleção Brasileira de 2014, a dos 7 a 1. Seria um recado silencioso. Àqueles que juravam que o grupo estaria dividido. Em três. Um comandado por Zé Roberto, outro por Robinho e o terceiro por Fernando Prass. O que não é verdade. O time não tem personalidade, tem falhas importantes na montagem do elenco, falta talento e não união.



O treinador palmeirense apelou para o que os dirigentes não queriam. Escancarou sua religiosidade. Ele acompanhou as três primeiras partidas, com as três derrotas, com uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida nas mãos. Hoje ele resolveu colocar um broche da santa na sua camisa. Ao lado do distintivo do Palmeiras. Além de montar um altar com uma estátua grande de Nossa Senhora. O departamento de comunicação tirou foto de Edu Dracena rezando. E colocou na Internet. Toda fé precisa ser respeitada. Mas a exposição de Cuca demonstra desespero.





Dentro do campo, o treinador esfregou de vez a bobagem que Alexandre Mattos e Paulo Nobre fizeram. Eles tiveram a incompetência de contratar 33 jogadores, chegar a uma folha de pagamento de R$ 12 milhões, a maior do Brasil, e não conseguiram meias de articulação. Requisito básico para qualquer equipe.



Cuca deixou isso muito claro ao apelar para o seu 4-3-3. Um time com quatro zagueiros, três volantes e três atacantes. Algo bizarro. E que deixou o Palmeiras compartimentado. Defesa, meio de campo e ataque não tinham a menor ligação. O que foi uma felicidade para o humilde Água Santa.



Ameaçado pelo rebaixamento, demitiu seu treinador Marcio Ribeiro. E colocou no seu lugar Marcio Bittencourt. Ele chegou ao clube ontem pela manhã. E hoje já goleou o Palmeiras.



Novo Rinus Michels? Nada disso. Apenas montou sua equipe em um arremedo do esquema difundido no mundo, o 4-1-4-1. Sobrecarregou e ganhou o meio de campo. E explorou erros primários defensivos palmeirenses. O massacre foi acontecendo de forma natural.



O Palmeiras a menor firmeza ofensiva, apesar de ter Allione, Rafael Marques e Erik. O motivo vem sendo repetido aqui todos os jogos. Não há quem alimente os atacantes. Thiago Santos preso em frente à zaga. Arouca sem saber se atacava ou defendia. E Robinho, adiantado, uma inutilidade.



Aos poucos, o Água Santa foi ganhando coragem. E de maneira previsível marcou seu primeiro gol. Escanteio que Gustavo ganhou de Edu Dracena e estufou as redes de cabeça. 1 a 0, aos 34 minutos. O Palmeiras nem teve tempo para mostrar desespero. Aos 41 minutos, o mesmo Gustavo cometeu pênalti bobo em Edu Dracena. Robinho empatou.



Só que um minuto depois, o time do Água Santa trocou passes como quis, pela direita. Mostrou como Lucas está vivendo péssimo momento. Everaldo chegou na cara de Fernando Prass e não desperdiçou. 2 a 1. Foi o golpe no fígado, que abalou toda a confiança da equipe.



A tremedeira proporcionou que Pedro lançasse Bruninho. O atacante estava impedido. A arbitragem nada assinalou e ele driblou Fernando Prass. E marcou 3 a 1. A torcida já começou a xingar, vaiar no intervalo.



Cuca resolveu reagir. Tirou Lucas e Thiago Santos. Colocou João Pedro e Régis. Deixou o Palmeiras mais aberto. E, desta vez, com meia. Mas o time não tinha paz para trocar dois passes. O nervosismo, a afobação dominava a todos. Erik saiu para a entrada do quarentão Zé Roberto. Mas o time não reagiu.



O cheiro de desastre se confirmou.



Aos 22 minutos, provando que o Palmeiras não sabe nem se posicionar no escanteio adversário, veio mais um gol do Água Santa. Marcado por Roger Carvalho. Contra. 4 a 1.



A partir daí vaias, palavrões.



O coro de time sem vergonha.



Os jogadores travados, rezavam para a partida acabar.





Mal acabou, foram humilhados até na concentração da Seleção Brasileira.



Lucas Lima não perdoou.



Riu da desgraça alheia.



O momento é delicadíssimo.



A sequência do Palmeiras.



Rio Claro na próxima quinta-feira, Corinthians no domingo.



Os dois jogos no Pacaembu.



Rosário Central na Argentina, na quarta, dia 6.



O Palmeiras paga por um erro primário.



Ter elenco montado por presidente de clube.



E agora, Paulo Nobre?



Vai se demitir?



E a Mancha?



Vai continuar ameaçando um grupo sem personalidade?



Amedrontado pela responsabilidade, pela pressão?



E Cuca começar a fazer seu trabalho.



Time que toma dois gols de escanteios não tem desculpas.



Nem santo que proteja...





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6438 visitas - Fonte: Blog Cosme Rímoli/R7

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