Dinei conta detalhes sobre a inesquecível pancadaria do Paulistão de 1999

Há 17 anos atrás, uma confusão generalizada marcaria a história do clássico entre Corinthians e Palmeiras. Até hoje, as famosas embaixadinhas do atacante Edilson - e a pancadaria subsequente - são muito vivas no imaginário do torcedor brasileiro. Em ritmo de aquecimento para o clássico deste domingo, o atacante Dinei, um dos símbolos daquela inesquecível equipe do Timão, revelou algumas curiosidades sobre aqueles acontecimentos para a ESPN Brasil.

- O Paulo Nunes tinha mania de provocar e gostava de comemorar os gols com máscara da Tiazinha, véu de Feiticeira e colocava até nariz de porco. Eu fui na 25 de março e comprei tudo isso, coloquei num saco preto de lixo e levei para o Morumbi. Antes do jogo começar, deixei tudo no banco de reservas. Depois do apito final a gente ia colocar tudo isso tirar a maior onda? - conta Dinei.

O ex-atacante também se impressiona com o fato de nenhum dos jogadores ter saído machucado da confusão. A pancadaria foi tamanha que o árbitro Paulo César de Oliveira encerrou o confronto:

- O mais incrível é que ninguém se machucou naquela briga nem o Renato, que caiu de pé de uma altura grande e de chuteira. Ele salvou o Edílson, imagina se o Roque consegue chegar nele? O Edílson aquele anãozinho e o Roque com quase dois metros de altura? (risos) - brinca o ex-jogador.

- Pior que com aquela confusão nem deu tempo da gente usar as coisas que eu tinha comprado, foi tudo usado na briga. Os caras jogaram os narizes de porco, as máscaras, tudo...Se você olhar fotos do banco de reservas do Palmeiras vai ver que ficou tudo lá - lembra Dinei.

O mais sensacional de tudo? Cenas lamentáveis à parte, a história acabou com boa parte dos brigões tomando uma cerveja na noite após o jogo:

- Chegou Edílson, Rincón, Vampeta e eu lá. Numa outra mesa estava o Júnior Baiano, Paulo Nunes e mais uns caras do Palmeiras. Pessoal achou que íamos fechar o tempo e brigar ali mesmo, mas que nada. A gente juntou as mesas e ficamos bebendo cerveja a noite inteira. Demos muita risada relembrando da confusão toda. Quem passava pela nossa mesa não entendia nada - revela Dinei.