Cuca levou o Palmeiras para resort em Atibaia
(Foto: Rodrigo Faber)
O Rio Claro, derrotado por 3 a 0 pelo Palmeiras na quinta-feira, é o lanterna e o primeiro rebaixado do Campeonato Paulista. Pouco exigiu do goleiro Fernando Prass. Mas, além da fragilidade do adversário, pesou a favor do time de Cuca também a tranquilidade passada aos jogadores no refúgio em Atibaia nos dois dias anteriores.
De terça-feira até a véspera da partida, a dupla de psicólogos do clube, Eduardo Cillo e José Aníbal, pôde trabalhar intensivamente e mais próxima do elenco no interior, na tentativa de resgatar a confiança depois de quatro derrotas consecutivas, três delas na competição estadual e uma pela Taça Libertadores.
– Eles trabalham juntos conosco. Não são bombeiros para apagar incêndio, mas estão sempre conversando, perguntam quem a gente tem ideia de que precisa trabalhar. Os mais jovens é que têm que ser trabalhados – disse nesta sexta-feira o técnico Cuca, que, a exemplo dos psicólogos, aproveitou o retiro no interior para intensificar os trabalhos táticos e técnicos.
O trabalho dos profissionais foi requisitado na semana passada, depois do terceiro revés, para o RB Brasil. No fim de semana, o time fez um bom início de jogo contra o Água Santa, mas se desestabilizou depois de o adversário abrir o placar e foi goleado em Presidente Prudente.
A diretoria, então, decidiu levar os atletas a um resort em Atibaia, cidade distante cerca de 70km da pressão vivida na capital paulista. Lá, os dois psicólogos tiveram conversas principalmente individuais com os jogadores que mais vinham sendo criticados. Os mais rodados, como o atacante Alecsandro, artilheiro na temporada, ajudaram a tomar frente nesse processo.
– Não podemos entrar neste jogo de quinta-feira, e a bola queimar no pé. Até aceito que aconteça isso com jogadores mais jovens. Mas não com experientes como Arouca, Robinho, Edu Dracena, o próprio Fernando Prass – falou o atacante, um dia antes da partida.
Os problemas, é claro, não foram todos resolvidos. Depois de vencer o time mais fraco do campeonato, o Palmeiras terá pela frente no domingo logo o Corinthians, seu maior rival e time de melhor campanha até aqui.
Uma vitória aumentaria ainda mais a confiança do elenco. Uma tropeço, no entanto, pode ser um atraso no processo de recuperação, às vésperas também de compromisso decisivo pela Libertadores, contra o Rosario Central, na Argentina.
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