Alecsandro vem variando de posição no Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
A chegada de Cuca ao Palmeiras foi favorável para o atacante Alecsandro. Homem de confiança do técnico, com quem foi campeão da Taça Libertadores da América em 2013, pelo Atlético-MG, o jogador se tornou uma espécie de curinga no esquema do novo comandante. Meio-campista, centroavante, atacante pelos lados... Fazendo gols ou não, ele topa qualquer função para ajudar o Verdão.
Já são seis gols em 18 jogos disputados pelo clube em 2016 (assista no vídeo acima). É o vice-artilheiro do Verdão na temporada. Com a mesma quantidade de partidas no ano passado, Alecsandro balançou as redes duas vezes. Experiente, o atacante de 35 anos se colocou à disposição do treinador para ajudar a organizar o setor ofensivo. E vem dando certo.
Na vitória por 3 a 0 sobre o Rio Claro, primeira de Cuca após quatro derrotas nas quatro primeiras partidas pelo Palmeiras, Alecsandro ouviu um pedido do técnico: que jogasse como camisa 10, armando a equipe. Uma função com objetivo bem diferente de um centroavante, posição em que vinha sendo prioritariamente usado no clube, sob o comando de Marcelo Oliveira.
– Eu cheguei ao Palmeiras com a posição de centroavante fixo, a posição que o torcedor entende que é o cara que tem de fazer o gol. Eu nunca fugi dessa responsabilidade. Agora é um momento diferente. Em nenhum dos últimos três jogos eu fui centroavante – afirmou, em entrevista ao GloboEsporte.com.
– Contra o Corinthians, fiquei um pouco mais recuado, jogamos comigo e o Gabriel buscando as beiradas. Contra o Rio Claro, fiz o papel de 10, marcando um dos volantes deles também. Agora no último jogo (diante do Rosario Central) fiquei com a função de voltar para deixar o Gabriel (Jesus) flutuante, como um segundo meia. Sem a função de estar próximo dos zagueiros. Tenho uma função mais tática. Fico feliz por ter sido eficiente nas três.
A disponibilidade para atuar em outras funções táticas coloca o atacante em vantagem na briga por uma vaga entre os titulares com Barrios e Cristaldo. Antes, Alecsandro brigava diretamente com os dois por somente um lugar na equipe titular. Agora, pode jogar ao lado de ambos.
A boa relação com o técnico, que costuma ter conversas particulares com os jogadores antes dos treinos, também o ajuda. Alecsandro fez questão de esclarecer: as variações táticas que Cuca propôs a ele até agora não são invenções, mas sim opções de quem já conhece o jogador que tem à disposição.
– Se o Cuca quiser me colocar de lateral-direito, lateral-esquerdo, recuado... Meu intuito é ajudar a equipe. Confiança no futebol é mais do que fundamental. Eu era um dos homens de confiança do Cuca no Atlético. Joguei todos os jogos da Libertadores, era o batedor oficial de pênaltis... Aí acaba ficando mais fácil. As coisas que ele está fazendo não são loucura. Ele sabe o jogador que tem – argumentou.
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