Cuca é alviverde desde a infância e tem seu lado torcedor mais aflorado (Foto: Felipe Zito)
Na quinta-feira, quando tem pela frente o decisivo duelo contra o River Plate uruguaio, pela Taça Libertadores, Cuca completará um mês de seu retorno ao Palmeiras. Retorno de um ex-jogador do clube, que agora é treinador, mas sempre foi torcedor – lado este que, pela primeira vez desde que mudou de função no futebol, não precisa mais esquecer em campo.
Palmeirense de infância, o curitibano de 52 anos já falou sobre a paixão antiga pelo Verdão logo em sua apresentação, em 14 de março, e também recentemente, antes de derrotar o Corinthians, quando foi questionado, em entrevista ao Esporte Espetacular, sobre seu maior rival.
– Meu pai era um corintiano chato, chato, que torcia para a Argentina. Meus tios eram palmeirenses. Os três já morreram, infelizmente. Então, era uma briga para me puxar, né? Como meu pai pegava no meu pé por causa da Argentina, contra o Brasil, eu fiquei palmeirense. Ganhei uma camisa do meu tio. Mesmo ela ficando curtinha, fui usando sempre – contou.
Em setembro de 1992, aos 29 anos, o então atacante pôde vestir camisas do tamanho correto. Foi contratado pelo time de coração em setembro, disputou 24 partidas, anotou sete gols e se transferiu para o Santos como vice-campeão paulista.
Desde março de 2016, está de volta, desta vez para comandar o time e, sem querer, deixar-se levar pelo grito da arquibancada antes do apito inicial de cada jogo.
Relógio verde vira novo amuleto de Cuca: presente veio após jogo em Rosario (Foto: Felipe Zito)
– Quando toca o Hino Nacional, você se perde, porque quer meio que cantar o hino, mas aí vai (a torcida) com "Meu Palmeiras", e você vai junto. Você está cantando "Ouviram do Ipiran...", e aí vem "Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras". É assim comigo também – diz o treinador, referindo-se à letra adaptada e cantada pelos palmeirenses em sobreposição ao hino.
O lado torcedor de Cuca também o levou a se dar um presente que combina muito bem com sua fase atual. Depois do bravo empate com o Rosario Central, que manteve sua equipe com chance de classificação na Libertadores, na semana passada, o técnico comprou um relógio. Verde.
Após utilizá-lo em dois treinos e na vitória de domingo diante do Mogi Mirim, garantindo passagem para as quartas de final do Campeonato Paulista, o treinador, supersticioso que é, dificilmente não irá usá-lo também na quinta-feira, quando o Palmeiras recebe o River Plate, do Uruguai, precisando de uma difícil combinação de resultados para seguir adiante também no torneio continental.
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