Ex-Palmeiras vira 'mito' e lembra como foi jogar com ídolo Edmundo: 'Inexplicável'

12/4/2016 07:53

Ex-Palmeiras vira 'mito' e lembra como foi jogar com ídolo Edmundo: 'Inexplicável'

Ex-Palmeiras vira 'mito' e lembra como foi jogar com ídolo Edmundo: 'Inexplicável'

Poucas pessoas têm o privilégio de jogarem com seus maiores ídolos no futebol, e Luiz Henrique da Silva Alves pode se gabar disso.



Contratado pelo Palmeiras após se destacar no São Caetano em meados de 2007, o atacante, então com 25 anos de idade, teve a chance de atuar ao lado de Edmundo, ídolo alviverde e à época grande estrela do clube no ano em que esteve perto de voltar à Libertadores da América.



Vascaíno 'doente' desde criancinha, ele assistia aos treinos de seu time do coração quando teve a oportunidade de chegar às categorias de base cruz-maltina e sempre se inspirou no "Animal".



"Quando a gente ficava naquela brincadeira de pelada de rua, eu falava que era o Edmundo. Eu falava: 'eu sou o Animal, sou o Animal' (risos). Sempre ia nos treinos e tinha o Juninho Pernambucano, o Juninho Paulista, o Valdir, o Pedrinho, Felipe... ficava assistindo o treinamento deles, mas o Edmundo sempre admirei mesmo", conta, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.



Depois do vice-campeonato paulista com o "Azulão" - perdeu a final para o Santos -, Luiz Henrique ficou frente à frente com o ídolo na Academia de Futebol palmeirense.





Luiz Henrique em treino do Palmeiras, em 2007



"Depois teve essa tambem, nunca imaginei na minha vida... antes era só garoto vendo o Edmundo, ele já de mais idade, falei 'poxa'... Aí surgiu proposta de ir para o Palmeiras, vi o homem lá e falei 'meu Deus do céu' (risos). Eu via o cara na TV, falava que era ele, agora ele tá aqui do meu lado e ia jogar com o cara", relembra, emocionado.



"Vou te falar, quem viveu isso, sabe bem como é. Pra você ver como é o mundo, como ele gira. Felicidade enorme poder jogar com um ídolo meu. Ficou guardado pra história", completa.



E bastou algumas palavras para o atacante ter certeza de que era fã do ex-camisa 7.



"Cheguei a conversar com ele e, como pessoa, meu Deus do céu, que pessoa sensacional. Na época, me perguntaram sobre isso... falei pra ele 'cara, eu falava que era você'. Aí ele ficou rindo, falou 'não, pô, sou mais bonito que você, para' (risos). Foi muito gratificante", gargalha.



No Palmeiras, Luiz também teve a chance de atuar ao lado do chileno Vadívia, outro ídolo de parte da torcida alviverde.



"Ele é daquele jeito que vocês veem em campo, nos treinamentos era do mesmo jeito, brinca bastante, fala também, sorri, é alegre. Eu, particularmente, não acho ele marrento, algumas pessoas podem falar, mas tive a oportunidade de conviver com ele e não é, não. Não gosta de perder, fica chateado, se perde um bobinho nosso, coletivo, recreativo, ficava puto, chateado. Mas jogador que sempre tava lutando pra vencer. É doido, mas é muito gente boa (risos)", comenta.



'Mito' na Ásia



Após a passagem de aproximadamente um ano pelo Palestra Itália, Luiz Henrique chegou à sua primeira oportunidade internacional ao se transferir ao Suwon Bluewings-COR. Mas foi no rival deste, Jeonbuk Motors-COR, que o atacante começou a se destacar e virou ídolo dos torcedores.





Luiz Henrique comemora título com Leonardo (dir.)



O jogador até mudou de posição por conta do estilo de jogo asiático e, hoje com 34 anos, é meio-campista e um dos grandes armadores do Campeonato Sul-Coreano, a K-League, chegando a ser o principal assistente em 2009, com 11 passes para gols.



"Aqui, o futebol é muito pegado. Ia me dificultar muito jogar de costas e fui feliz. Pude dar bastantes assistências pros meus companheiros", diz.



No próprio Jeonbuk, onde faz companhia a Leonardo, outro brasileiro, ele viveu uma situação incomum e teve de deixar o clube após uma troca momentânea de treinadores. À época, ele se transferiu para o Al Shabab-EAU.



"A questão não fui nem eu que resolvi. O time estava bem na competição, mas ai surgiu a proposta no meio do ano do time dos Emirados. O técnico tinha ido pra seleção e o que assumiu me utilizava pouco. Algumas pessoas não queriam que eu saísse, inclusive o treinador, que foi pra seleção, tinha vínculo com o clube ainda e retornaria no ano seguinte. Mas, naquele momento foi praticamente uma obrigação sair. Graças a Deus eu voltei", recorda.



Próximo do final da carreira, Luiz afirma que não será daqueles que voltarão para jogar em clubes brasileiros. As recentes notícias sobre atrasos de salário e violência da torcida desanimaram o jogador.





Luiz Henrique, pelo Jeonbuk Motors-COR



"Eu pretendo ficar mais algum tempo fora, não sei se vai ser aqui na Coreia ou em outro lugar. No Brasil, você vê muita mudança. Perde um jogo, treinador é demitido. Aí, o que chega, quer mudar tudo e isso atrapalha muito. Hoje em dia você tem pouca oportunidade de mostrar futebol. A torcida pega no pé, o cara não pode ir na rua, sofre com vandalismo. Eu particularmente estou bem desanimado com o futebol brasileiro. Se eu puder parar aqui fora, eu vou", comenta o atleta, que elogiou a organização asiática.



"Eles têm uma organização muito grande aqui, e a torcida realmente não cobra. Até porque, se cobrar, a gente não vai entender nada (risos). A gente só faz um joinha, ok, ok, pronto (risos). Aqui eles dão até apoio, te aplaudem, dão força para o próximo jogo, para se redimir. Isso faz a gente voltar a campo e se esforçar o dobro do jogo passado para deixar essas pessoas felizes. Isso é o que nos fortalece no nosso dia dia", comemora.



O time que amedrontou os grandes em 2007



Em 2007, o São Caetano ficou muito próximo de comemorar mais um Campeonato Paulista. Campeão em 2004 "revelando" Muricy Ramalho como técnico, a equipe do ABC chegou à final estadual daquele ano comandado por Dorival Júnior, então desconhecido no cenário nacional na área técnica.





Luiz marcou contra o Santos na final de 2007



Diante do poderoso Santos, de Vanderlei Luxemburgo, Zé Roberto, Fábio Costa, Pedrinho, Marcos Aurélio, Kléber e companhia, o "Azulão" saiu ganhando no primeiro confronto, por 2 a 0, com gols de Somália e do próprio Luiz Henrique, que lembra com carinho daquele time vice-campeão.



"Nós tínhamos um timaço na época, muito certo, treinado pelo Dorival, que fez um trabalho excelente. O grupo todo era focado na competição, querendo ser campeão, mas infelizmente não conseguimos. Graças a Deus fomos felizes e chegamos até a final", lembra.



Antes de pegar o Santos, o São Caetano foi considerado azarão já na semifinal, quando pegou o São Paulo, atual campeão brasileiro. Em plena casa do rival, a equipe não tomou conhecimento do "Tricolor" e goleou por 4 a 1, com show do meia Douglas, atualmente no Grêmio.



"Tivemos um jogo muito difícil com o São Paulo, mas conseguimos facilitar. Aquilo foi marcante pra gente, foi uma motivação muito grande pra final. Foi tão bom, que saíram os jogadores todos no time. Paulo Sérgio foi para o Palmeiras comigo, Somália foi pro Fluminense, Douglas pro Corinthians, Triguinho saiu, Thiago Martinelli foi pro Cruzeiro, Luis Alberto também... O elenco se desfez quase todo. Foi maravilhosa aquela época", recorda.







17112 visitas - Fonte: ESPN

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