A última quarta-feira foi um dia atípico para o técnico Cuca, do Palmeiras. Ele foi ao clube, mas nem chegou a entrar em campo para orientar o treinamento. Ao invés disso, passou a tarde em uma reunião para discutir a montagem do elenco para a disputa do Brasileirão e da Copa do Brasil, no segundo semestre. Atualmente, a equipe conta com 35 jogadores, mas o treinador considera que o número ideal varia entre 28 e 30.
"Eu gosto de fazer montagens e, modéstia à parte, sei fazer. Não me lembro de ter feito uma má montagem. Estou tendo o apoio do Alexandre (Mattos, diretor de futebol) e do presidente. Sei que essa montagem traz algum desconforto, não só para mim, mas para quem trouxe os jogadores que vão dar uma saída. Mas se você não encarar não sai do lugar", disse Cuca, que participou da coletiva de imprensa após o treino para falar sobre o assunto.
O objetido do comandante é formar um grupo menor e com jogadores polivalentes, ou seja, que façam mais de uma função. Além disso, Cuca pretende dar oportunidades aos atletas da base. O zagueiro Augusto e o meia Vitinho já foram promovidos ao elenco profissional.
"Se você tem um número grande, não vai fazer todos jogarem muito. Você precisa ter um número menor para ter qualidade do treinamento, um ambiente bom. Não que não tenha, mas pode melhorar. Quanto mais usado é, mais importante você se sente. Aí você empresta, como aconteceram essas duas trocas e podem acontecer outras. Temos essas semanas para ajustar o elenco e a partir dali trabalhar para o Brasileiro", concluiu o treinador.
As trocas a que Cuca se referem são as de Lucas e Robinho por Fabiano e Fabrício, do Cruzeiro. Além deles, o Palmeiras pretende negociar ainda quatro ou cinco jogadores e trazer ao menos dois reforços pontuais. A intenção da comissão técnica é que o elenco esteja pronto uma semana antes do Brasileirão, quando o time viajará para o interior para se preparar.
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