Após quatro cirurgias, Luan revela choro por ter sido relacionado

O atacante Luan precisou ser submetido a quatro cirurgias no tendão de Aquiles (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



Pode parecer comum, mas só o fato de ter sido relacionado para a goleada do Palmeiras sobre o Atlético-PR, no último domingo, já foi especial para Luan. O jogador não era selecionado para uma partida há mais de 19 meses (desde 26 de setembro de 2014), quando foi titular pelo Al Sharjah-EAU, seu ex-clube. Desde então, o atacante precisou ser submetido a quatro cirurgias no tendão de Aquiles, o que tornou a estreia do Campeonato Brasileiro inesquecível.



“Foi uma surpresa para mim (voltar a ser relacionado). Foi como quando subi para o profissional. Cheguei a chorar no quarto, por tudo o que passei. Passa um filme na cabeça, de quando estava com muleta, com cortes no pé. De repente você está na lista. Lógico, com sua garra, com a vontade do treinador. Isso me emocionou bastante. Era tudo novo”, disse o jogador, que elogiou a torcida do Verdão presente no Palestra Itália.



“O que mais gostei nessa volta foi sentir de novo a torcida do Palmeiras. Coisa mais linda que vi, aquela vibração boa. Mesmo estando no primeiro jogo, alguns torcedores pediram pra eu entrar e isso me emocionou muito, achei lindo”.





Luan está 100% recuperado das lesões (Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press)



Pelo Palmeiras, a última partida de Luan foi no dia 27 de janeiro de 2013, em derrota por 3 a 2 para a Penapolense, pelo Campeonato Paulista. Desde então, passou pelo Cruzeiro e pelo Al Sharja-EAU, onde se lesionou, no segundo semestre de 2014. O atacante explicou as seguidas operações que foi submetido.



“Estourei o tendão de Aquiles no Al Sharjah e vim para cá operar. Eu coloquei dois tipos de parafusos no pé. A âncora, para ter mais firmeza, deu rejeição. Tive que tirar depois de seis meses. Em seguida, tive que fazer outra cirurgia para fazer enxerto de osso, o que demorou mais um pouquinho. A última foi para fazer uma raspagem nesse enxerto e uma limpeza onde o tendão estava raspando. Foi por isso que demorou, culpa maior do parafuso mesmo.”



Criticado por parte da torcida, Luan fez parte da campanha do time campeão da Copa do Brasil em 2012, quando era muito elogiado por Felipão. O treinador chegou a sugerir uma estátua para o atacante, que se manteve em campo mesmo contundido por 25 minutos após o técnico fazer as três alterações que tinha direito na segunda partida da final da Copa do Brasil, contra o Coritiba, no Couto Pereira. Com Cuca, o atacante espera ter uma relação igualmente positiva.



“Não conhecia o Cuca, não tinha trabalhado com ele. Mesmo assim, só de jogar contra ele, a gente sentia o treinador que é. Ele gosta de jogador que demonstra o coração dentro de campo. Eu também gosto de treinador assim, que briga fora de campo para o jogador ser mais aguerrido. Eu vim demonstrando que queria estar nesse elenco. Tenho certeza que vamos buscar bastante coisa”, finalizou Luan, repetindo o discurso do treinador palmeirense, que afirma que o time irá ser campeão brasileiro.

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