Neste século, nenhum técnico estrangeiro durou mais do que um ano no Brasil

Ricardo Gareca esteve no Palmeiras em 2014: passagem sem sucesso



A queda de Diego Aguirre do Atlético-MG nesta quinta-feira, após a eliminação na Copa Libertadores diante do São Paulo, manteve uma escrita sobre o desempenho de treinadores estrangeiros em clubes brasileiros neste século. Nenhum comandante ‘gringo' conseguiu se manter no cargo por mais de um ano, considerando os clubes da primeira divisão.



Diego Aguirre foi anunciado como treinador do Atlético-MG em dezembro de 2015, logo após a saída de Levir Culpi, depois do término do Campeonato Brasileiro. Na atual temporada, o Atlético-MG não correspondeu às expectativas e foi eliminado das competições que disputou. A equipe caiu logo na primeira fase da Primeira Liga, e ficou com o vice-campeonato mineiro, após ser superado pelo América-MG. O revés para o São Paulo nas quartas de final da Libertadores acabou com a passagem do uruguaio no comando do time mineiro.



Veja abaixo o desempenho dos outros treinadores estrangeiros que passaram pelos clubes da primeira divisão nacional neste século:



Jorge Fossati: O treinador uruguaio assinou contrato para dirigir o Internacional em 2010. Teve um bom início no comando da equipe gaúcha, mas os tropeços na Libertadores e no campeonato estadual resultaram na sua saída do time no fim de maio do mesmo ano.





Jorge Fossati, no Inter, em 2010



Diego Aguirre: A caminhada de Diego Aguirre não foi curta apenas no Atlético-MG. No internacional, o treinador uruguaio também não durou. Ele chegou a conquistar o título do Campeonato Gaúcho em 2015, e levou o time à semifinal da Copa Libertadores, quando foi eliminado pelo Tigres-MEX. Em agosto, quando o Internacional estava no meio da tabela do Campeonato Brasileiro, foi dispensado.



Hugo De León: O uruguaio foi demitido do comando do Grêmio às vésperas da estreia na Série B, em 2005. Uma derrota para o Fluminense na Copa do Brasil resultou na sua saída do clube. De León ficou no comando do Grêmio durante o Campeonato Gaúcho daquele ano. Mano Menezes foi o seu substituto.





Daniel Passarella foi técnico do Corinthians em 2005



Daniel Passarella: A passagem de Daniel Passarella pelo Corinthians em 2005 foi conturbada. O clube paulista tinha na época a parceria com a MSI. Passarella ficou no comando da equipe menos de dois meses, e o estopim para a sua saída foi uma derrota por 5 a 1 para o São Paulo.



Darío Pereyra: O uruguaio comandou o Corinthians durante seis partidas em 2001. Em 2003, permaneceu no banco de reservas do Grêmio por oito jogos. Duas passagens relâmpagos.



Ricardo Gareca: O treinador argentino chegou ao Palmeiras cercado de expectativas no primeiro semestre de 2014. Mas os resultados não apareceram. Em setembro da mesma temporada, foi demitido.



Roberto Rojas: O chileno acumulou passagens pelo São Paulo em 2003, 2004 e 2006. Rojas era funcionário da comissão técnica fixa do São Paulo, e a primeira passagem no comando do clube foi a mais duradoura.



Juan Carlos Osorio: O colombiano foi confirmado como treinador do São Paulo em maio de 2015. Cinco meses depois, o treinador aceitou o convite para assumir a seleção mexicana.



Juan Ramón Carrasco: O treinador uruguaio deixou o Atlético-PR em 2012 após 36 jogos, em que acumulou 22 vitórias, sete derrotas e sete empates.



Lothar Matthäus: O alemão esteve no Atlético-PR em 2006. A passagem do treinador pelo clube foi rápida, mas cercada de algumas polêmicas.



Miguel Ángel Portugal:O espanhol chegou ao Atlético-PR no início de 2014. Mas a torcida não sente saudades do comandante, que permaneceu no clube durante 13 jogos, obtendo 5 vitórias.