Palmeiras começou o jogo no 4-3-3: atacantes leves
Um estádio dos mais modernos do mundo, com uma energia capaz de transformar jogadores em heróis. Um elenco que dá opções pra montar a equipe de diferentes maneiras. Um treinador que tem uma visão de futebol ofensiva e que respeita a história do clube, que um dia já foi chamado de Academia. Este é o Palmeiras!
Eu já tinha essa sensação ao acompanhar a estreia do time no Brasileirão, mas nesta quarta, ao deixar a transmissão do jogo contra o Fluminense, tive a certeza: vai ser duro ganhar do Palmeiras na arena!
O time teve muita dificuldade no primeiro tempo para fugir da forte marcação da equipe carioca, mas foi nessa hora que apareceu Fernando Prass. Porque goleiro bom não é aquele que faz quatro, cinco defesas, mas aquele que pega a bola do jogo! E foi o que Prass fez na cabeçada de Fred, que poderia dar um rumo completamente diferente à partida. Milagre!
A partir daí entrou o dedo do treinador. Ele abriu mão de três atacantes leves, de movimentação, para colocar Alecsandro em campo, passar a ter uma referência de área e alguém para segurar essa bola para a ultrapassagem dos rápidos atacantes.
Além disso, abriu Roger Guedes – destaque do jogo – e Gabriel Jesus pelas pontas, centralizou Dudu e Moisés e passou a ter o controle da partida.
O resultado? Um segundo tempo para encher o torcedor de confiança.
Acho que esse é o trabalho do técnico. Traçar uma estratégia e ter coragem para mudá-la quando as coisas não estão dando certo, pois as chances mais claras nos primeiros 45 minutos, foram do Fluminense.
No fim: Dudu atrás de Alecgol, Tchê Tchê na esquerda
Mas, para fazer isso e ter uma resposta rápida, é preciso treinar, explicar o posicionamento de cada jogador, ensaiar os movimentos, buscar alternativas durante a semana e ir pra campo com um plano B. Às vezes, até C. Os treinadores reclamam de tempo para treinar, mas é preciso saber aproveitá-lo. E Cuca sabe.
Foi uma vitória contra um adversário forte e que também deve brigar lá em cima. O próximo passo é encontrar esse equilíbrio também fora de casa.
O Brasileirão é longo. Vai chegar a janela internacional, com assédio em cima de alguns jogadores – Gabriel Jesus interessa ao Juventus, da Itália –, convocações para seleções,
Olimpíadas, lesões e suspensões. Os elencos devem mudar, e é muito difícil, hoje, citar um favorito ao título.
Mas o Palmeiras vai chegar! Podem me cobrar em dezembro.
63138 visitas - Fonte: GE