Ele não fez gol. Nem deu assistência. Aliás, sequer participou das duas jogadas que garantiram a segunda vitória do Palmeiras no campeonato. Mas Moisés representou, nessa terceira rodada do Brasileirão, tudo o que faz o torcedor palmeirense acreditar em uma ótima campanha: ousadia, inteligência, utilização de todas as peças (que não são poucas) do elenco.
Apesar do primeiro tempo apagado, nenhum torcedor imaginou tirar Cleiton Xavier, a eterna esperança de um toque diferenciado no meio-campo. Cuca teve a brilhante ideia. E fez. Moisés entrou. Armou, marcou, correu. Participou o tempo todo. Mudou o paronama do jogo. Fez o Palmeiras pressionar, pressionar, até marcar os dois gols.
Cuca fez mais. Egídio, machucado, precisava sair. Fabrício e Zé Roberto, laterais esquerdos, estavam no banco. Bastava escolher um dos dois. Mudança simples. Mas Cuca resolveu ousar, mais uma vez. Colocou o Alecsandro (!). Tchê Tchê virou lateral-esquerdo (!). E o time apático do primeiro tempo virou uma equipe vibrante, insinuante. Dudu subiu muito de produção atuando mais pelo meio, Gabriel Jesus entrou mais no jogo voltando a atuar com liberdade, sem precisar ficar fixo no ataque. O Palmeiras jogou muito bem, marcou 2 gols e definiu a partida. Méritos do treinador.
Nomes de destaque dessa quarta-feira:
1) Prass: que defesa no chute da pequena área do Fred! Sempre que o Palmeiras precisa, lá está ele. Que grande goleiro.
2) Thiago Martins: não foi o zagueiro autor do gol que abriu o placar, mas foi o defensor mais eficiente e seguro da partida.
3) Matheus Salles: depois de um jogo ruim contra a Ponte Preta, voltou a mostrar seu valor. Só ter paciência (e esse humilde blogueiro precisa ter também, basta ver meu último texto) que esse menino vai se firmar no meio-campo da equipe.
4) Tchê Tchê: bem no meio, na lateral direita, esquerda, na marcação, na armação. Se o Prass se machucar, coloca o Tchê Tchê no gol que ele deve resolver também.
5) Róger Guedes: primeiro tempo excelente. Rápido, habilidoso, ousado. Que passe de calcanhar para o Jean no início da jogada do segundo gol. Melhor em campo. Futuro promissor!
6) Moisés: entrou bem demais. Dominou o meio-campo no segundo tempo.
7) Alecsandro: mais uma excelente escolha do treinador. Além do gol, fez muito bem o trabalho de pivô.
Mas o verdadeiro destaque, foi o treinador palmeirense. Como é bom ver um técnico pensando diferente. Como é bom ver todas as peças sendo testadas, utilizadas, valorizadas! Até o Zé Roberto entrou no final do jogo.
O time não foi bem no primeiro tempo? Muda. Aproveita que o elenco é grande e cheio de opções. E ele tem feito exatamente isso. Cuca foi o grande nome da vitória palmeirense. Treinador ganhando cada vez mais a confiança do torcedor.
PS: Agora é preciso vencer fora de casa! Melhor oportunidade que domingo, impossível...
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