Veja por que Flamengo x Palmeiras é, hoje, o clássico das 'camisas mais pesadas'

Flamengo e Palmeiras jogam neste domingo em Brasília pelo Campeonato Brasileiro



Um clássico neste fim de semana vai opor duas equipes que têm milhões de reais estampados em suas camisas. Em uma época de recessão no país, Flamengo e Palmeiras passam longe da crise e ao contrário de clubes como Santos, Fluminense e Botafogo, que nem têm patrocinador máster, lideram as fontes de receitas vindas de publicidade. Os times carioca e paulista se enfrentam neste domingo, às 16h, no Mané Garricha, sexta rodada do Campeonato Brasileiro.



De acordo com um estudo de 2015 do especialista em marketing esportivo Amir Somoggi, Flamengo (R$ 355,6 milhões) e Palmeiras (R$ 351,5 milhões) são segundo e terceiro, respectivamente, no ranking de receita total dos grandes clubes brasileiros, atrás apenas do Cruzeiro (R$ 363,8 milhões). Isso se deve, em grande parte, ao dinheiro que os dois times recebem de patrocinadores.



O Flamengo é o que mais recebe com patrocínio no Brasil: R$ 85 milhões no ano passado, contra R$ 79,9 milhões em 2014, um aumento de 7% nesta fonte de receita. O Palmeiras vem logo atrás, em segundo no quesito, com R$ 70 milhões e um faturamento 312% maior que no ano anterior, quando teve R$ 17 milhões em seus cofres por dinheiro de publicidade.



As equipes rubro-negra e alviverde são as que têm maior porcentagem da participação de patrocínio sobre a receita total. O clube carioca também está no topo neste quesito, com 24% da grana vindo de patrocinadores. Em segundo, está o Corinthians (22%), e o Palmeiras ocupa a terceira posição, com 20%. A média para todos os times da Série A de 2015 foi de 14%.



No Palmeiras, a responsável por tanto dinheiro é a parceria Crefisa-FAM (Faculdade das Américas), que fechou um contrato histórico no início deste ano, tornando a camisa do clube paulista a mais cara do Brasil. O acordo era, inicialmente, de R$ 58 milhões e saltou para R$ 66 milhões somente em 2016 com espaços no calção e nos meiões.



Em março, a Crefisa e o Palmeiras entraram em conflito. A empresa de crédito pessoal ficou descontente com uma ação de marketing durante o Campeonato Paulista (propaganda do programa de sócios-torcedores Avanti na camisa) e atrasou a parcela mensal que gira em torno de R$ 5,2 milhões.



O Flamengo não só conseguir renovar com antigos parceiros como tem atraído novos ‘investidores'. No início do ano, a direção do clube carioca conseguiu renovar com a Caixa e com a TIM, que juntas pagam cerca de R$ 35 milhões por ano. Nos últimos dias, dois novos patrocinadores foram anunciados.



Um deles é a empresa Flamagas, de propriedade dos Puig, uma das famílias mais ricas da Espanha. O grupo vai estampar nos números da camisa rubro-negra o logo dos isqueiros Clipper, famosos na Europa por serem os oficiais dos gigantes Barcelona e Real Madrid. O nome vai aparecer por 45 dias, a partir do dia 12, mas a companhia tem o direito de licenciamento de produtos ligados à marca do time por dois anos. O valor não foi informado.



O segundo novo patrocinador é o iFood, aplicativo do ramo alimentício. Nesse caso, o Flamengo vai mostrar o logo na manga do uniforme até o dia 31 de julho. Os valores também não foram divulgados. A ‘estreia' será já neste domingo, no confronto contra o Palmeiras, quando a marca estará, excepcionalmente, na parte superior das costas.



Na classificação do Campeonato Brasileiro, os rivais não lideram, mas também estão colados um no outro. O Flamengo, no momento, é o quarto colocado com dez pontos (três vitóriasum empate e uma derrota), enquanto o Palmeiras aparece em quinto, com um a menos (três vitórias e duas derrotas).