Brasileirão nivelado pela média. Não por baixo

A lógica do Brasileirão desde 2010 é chegar à sexta rodada com quatro pontos de diferença entre o líder e o quarto colocado. Foi assim no ano passado, com o Atlético Paranaense primeiro colocado com 15 pontos e a Ponte Preta em quarto lugar com 11. A única vez em que houve um ponto de distância entre os quatro primeiros foi em 2014. O Internacional liderava com 11 pontos, Cruzeiro, Grêmio e Goiás dividiam a vice liderança com 10 pontos.



Se levar em conta que hoje os três líderes têm 13 pontos, o nivelamento atual não é por baixo, mas duas casas acima. O Corinthians é líder por ordem alfabética. Ou melhor, pelo menor número de cartões amarelos, porque em número de vitórias, saldo de gols e gols marcados tem exatamente os mesmos números do Grêmio, o segundo colocado. O Internacional, do 1 x 0, não repetiu seu placar clássico em Salvador contra o Vitória e agora está em terceiro lugar, mas com os mesmos treze pontos.



O Palmeiras de Cuca é a novidade no grupo dos quatro melhores do campeonato e agora briga na zona de classificação para a Libertadores, com chance de assumir a primeira colocação no próximo domingo se vencer em casa o Corinthians. Nas duas visitas corintianas ao Allianz Parque, o Palmeiras não conseguiu vencer. Mas o time dá sinais de crescimento.



Todas as transmissões do Palmeiras seguem escalando o time com Tchê Tchê na lateral direita. Ele é tudo, menos lateral. Contra o Flamengo, em Brasília, começou jogando como ponta esquerda no 4-2-3-1. Jean era o lateral-direito, Roger Guedes o ponta direita, Gabriel Jesus o atacante mais infiltrado. Teve chance de marcar mais duas vezes, além do gol que conseguiu anotar no início da partida. Nas duas, com passe de Moisés, boa visão de jogo escalado como segundo volante.



O Palmeiras dá sinais de crescimento. O Campeonato Brasileiro, mais ainda. Flamengo e Palmeiras fizeram bom jogo, Sport e Atlético também. Há gols, boas disputas e partidas com emoção.