O inferno alviverde chamado Allianz Parque

Depois de uma semana de noites mal dormidas, valeu a pena. Cada segundo dos 90 minutos de respiração ofegante e coração na mão fizeram valer o dia.



A nossa torcida queria tanto entrar em campo para chutar as bolas para longe que eu só conseguia pensar o quão insuportável estava jogar dentro da nossa casa. Aquele é o inferno alviverde chamado Allianz Parque, mas que atende com carinho, em dias de guerra, por Palestra Itália.



Tomamos o meio campo e, quando isso acontece, é como o milagre da multiplicação. Cada lado que você olha tem um jogador do Palmeiras em cima, marcando, com sede de bola. Ganhamos as segundas bolas, abrimos a defesa deles no contra-ataque e fomos precisos nos desarmes. Zé Roberto que fale por nós, vovô garoto, que mostra porque sempre será um dos maiores.



Antes do jogo, o Cuca disse em uma entrevista que o 12 de Junho não faz diferença na prática, que, se colocasse ele em campo, ele não resolveria o jogo. Acho que o nosso técnico se enganou dessa vez, porque o 12 de Junho estava na camisa de cada jogador, na raça, na alma e na entrega. Orgulho é ver esse Palmeiras em campo, fazendo valer a falha na nossa voz nesta segunda-feira.



E o nosso 10? Bastou entrar em campo para consagrar aquela tarde de domingo.



O Jesus? Como pode, o nosso prodígio, perder tantos gols?



Mas quer saber? Hoje não importa.



Sendo Palestra ou Palmeiras, 93, 96 ou 2016, uma coisa não muda: o Corinthians é o nosso freguês.



Com todo respeito ao blogueiro do Corinthians do ESPN FC: a torcida adversária não faria a menor diferença, porque na nossa casa vocês não são ouvidos.

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