17/6/2016 14:18

Cansado de ser prejudicado por suas organizadas, Palmeiras estuda colocar uma equipe para filmá-las quando jogar fora

E entregar os vídeos dos baderneiros para a polícia…

"Indignação porque o trabalho é árduo. Não pode meia dúzia de bandidos, mercenários... Qualquer palavra que usar aqui é pouco. Isso é proposital. Todos sabem que não pode acender sinalizador. O juiz foi obrigado a dar mais seis minutos e tomamos um gol impedido"



"O Palmeiras está tomando providências, vai fazer o que tiver de fazer. Chegou ao nível de eu ter de ir no meio da torcida, ver quem que era. Conseguimos pegar dois ou três e prender. Tem 16 milhões puxando e tem três, quatro, cinco, dez, eu não sei, que são bandidos e estão puxando contra. Esses caras tem de ser eliminados. Não dá para acreditar que são pessoas que queriam coisas positivas. Vamos tomar providências."



A revolta do executivo de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, se justifica. O Palmeiras vencia o Coritiba por 2 a 1, jogando muito melhor. Até que torcedores que estavam no setor da principal organizada do clube, a Mancha Verde, resolveram acender sinalizadores. O que é proibido.



O árbitro Anderson Daronco paralisou a partida por quatro minutos. Eram 42 minutos do segundo tempo. O time paranaense se recompôs e recomeçou o jogo muito melhor. E empatou a partida.

"Se tudo corresse normal, ganharíamos a partida. O Coritiba estava entregue. Perdemos dois pontos importantíssimos por causa dessa paralisação. Isso nunca poderia ter acontecido", reclamava Cuca.



O Palmeiras acabava de conseguir escapar da leve punição de perda de um mando de jogo. Conseguiu o efeito suspensivo pela selvagem briga de suas organizadas contra torcedores do Flamengo, em Brasília. O clube será julgado novamente pelo STJD, já que Daronco colocou na súmula o uso dos sinalizadores.



O presidente Paulo Nobre está revoltado. Cada perda de mando de jogo significa, em média, R$ 1,8 milhão a menos nos cofres palmeirenses. Como é rompido com as organizadas, o dirigente tem certeza de que nada adiantará apelar, pedir para que os torcedores parem de criar confusão.



O Palmeiras está estudando uma medida extrema. Como a arena palmeirense é repleta de câmeras e nela não há problemas, a revista nas organizadas é rigorosa para evitar justamente sinalizadores, surgiu a ideia de monitorar as organizadas fora de São Paulo.

Onde o clube for jogar, uma equipe filmaria os vândalos infiltrados nas organizadas. E entregaria o vídeo para que a polícia possa identificar e prender os baderneiros.



O Palmeiras não quer ficar mais de braços cruzados. Ser prejudicado por suas próprias organizadas. A ideia ganhou muito mais força depois do que aconteceu em Curitiba.



Afinal, o prejuízo foi técnico, com dois pontos jogados fora.



E também deverá ser financeiro.



Reincidente, dificilmente o Palmeiras escapará de punição no STJD.



Os advogados do clube já não sabem nem mais como justificar as atitudes.



Há até a desconfiança que há torcedores de outros clubes infiltrados.



Tamanha a estupidez de atos como o de ontem.



"Essa gente não pode torcer pelo Palmeiras. Isso é claro. Ninguém é ingênuo aqui. Muito menos esses caras que levam sinalizadores não seriam tão burros. Sabendo que estão prejudicando o próprio clube. Mas sendo ou não sendo palmeirense, serão identificados. E punidos. Isso eu garanto", desabafou o presidente Paulo Nobre a conselheiros.



"Não ficaremos de braços cruzados", jurou o dirigente...

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34314 visitas - Fonte: Cosme Rímoli/R7

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