Conheça Ricardo Gareca

21/5/2014 20:37

Conheça Ricardo Gareca

Conheça Ricardo Gareca

Ricardo Alberto Gareca Nardi, argentino, 56 anos.



O jogador



Nos anos 60, quando ainda era um guri no bairro de Tapiales, Ricardo Gareca chegava da escola e ia direto pra rua jogar bola. O gosto inicial foi pelo posto de goleiro: “Diziam que eu era bom no arco e até o San Lorenzo veio me buscar”. Acontece que um belo dia, numa equipe que jogava na cancha que seu pai costumava lhe levar aos sábados, o dono da camisa 9 não deu as caras. Foi então que o velho Gareca sugeriu ao técnico que testasse seu filho como centroavante. O garoto entrou e não saiu mais. Aos 11 anos de idade Ricardo Gareca já se encantava com o Vélez Sarsfield do também atacante Carlos Bianchi, hoje treinador.



Em 1981, depois de percorrer as divisões de base do Boca e estrear com a camiseta azul y oro na primavera de 1978, quando o time xeneize bateu o Rosário Central por 1 a 0, Gareca deixou aquele Boca Juniors que juntou Maradona e Brindisi, para se destacar no Sarmiento de Junín do técnico Roberto Perfumo. No El Verde, se destacou e marcou 13 gols em 33 partidas. Depois, retornou ao Boca e ganhou prestígio junto a torcida boquense honrando a camiseta número 9 com atuações destacadas contra o próprio Sarmiento de Junín (4×1) e na goleada de 5 a 1 pra cima do River Plate no Nacional de 1982, dentro do Monumental de Nuñez. El Tigre marcou o gol da virada (um golaço), esbanjou intimidade com a pelota na jogada que culminou com o terceiro tento e também assinalou o quinto gol azul y oro.



Confira os gols de Gareca no histórico Super Clássico de 1982



Nas duas passagens pelo clube xeneize, Ricardo Gareca marcou 65 gols em 129 jogos.



O centrodelantero Ricardo Gareca, 1.86m, em atuação pelo Boca Juniors em chocolate aplicado no Sarmiento de Junín no dia 22 de agosto de 1982:





Após sua passagem pelo River Plate em 1985, quando registrou 4 gols em 12 pelejas, El Flaco se transferiu para o América de Cali. Na Colômbia, Gareca foi ídolo dos torcedores escarlates ao participar das conquistas dos títulos nacionais de 1985 e 1986, dos três vice-campeonatos da Copa Libertadores de 1985,86 e 87, edição em que foi o artilheiro com 7 gols assinalados. Gareca também foi vice-campeão colombiano em 1987.



Em 1989 El Tigre retornou ao futebol argentino para vestir a camisa do Vélez Sarsfield. No clube da “V Azulada” o centroavante Gareca foi ídolo e capitão. Marcou 24 gols em 117 partidas.

O último clube do jogador Ricardo Gareca foi Club Atlético Independiente. Representando a parte vermelha de Avellaneda conquistou o título do Torneio Clausura de 1994 e naquele mesmo ano levantou o caneco da sétima edição da Supercopa Sul-americana, competição disputada somente por clubes que haviam conquista a Copa Libertadores da América.



No Rey de Copas, entre 1993 e 1994, Gareca marcou 11 gols em 47 jogos.



Com a camisa da seleção argentina Ricardo Gareca marcou 6 gols em 20 partidas. Foi convocado por César Luís Menotti em 1981, mas não teve uma continuidade que lhe permitisse disputar o mundial no ano seguinte. Depois, sob o comando de Carlos Bilardo, El Flaco marcou contra o Peru, um gol que garantiu a classificação argentina para a Copa de 1986, realizada no México. Entretanto, o gol salvador não foi suficiente para lhe garantir uma vaga entre os convocados para aquele mundial. O próprio Gareca admitiu que não se encontrava em um bom momento técnico no período.



O centroavante Ricardo Gareca, que considera Hérnan Crespo e Mario Kempes os jogadores mais parecidos com seu estilo de jogo, marcou 208 gols como profissional.



Apelidos



El Tigre, apelido que Gareca ganhou de alguns companheiros nas divisões de base, foi popularizado pelo narrador uruguaio naturalizado argentino, Walter Nelson, devido a boa passagem de Richard* pelo Club Atlético Sarmiento de Junín (1981), emprestado por um ano pelo Boca Juniors, clube que o fez debutar no futebol profissional argentino. E Flaco (magro) é um apelido que o próprio Gareca (sempre foi fininho, sem maior esforço ou dietas) explica ao revelar que quando está ansioso ou nervoso “o estômago fecha”, não consegue comer.



*Richard - apelido dado pelo narrador argentino Marcelo Araújo, ex-apresentador do famoso programa de TV “Fútbol de Primera”, produção focada no que de melhor acontecia a cada rodada do campeonato nacional da Primeira Divisão.



O técnico



Fã declarado dos DTs, Bianchi, Gallego, Basile, Bielsa, Burrochaga, Cagna e Simeone, o treinador Ricardo Gareca começou dirigindo o San Martin de Tucuman (1995) e o Talleres de Córdoba, clube que comandou primeiro entre 1996 e 1997. Em sua segunda passagem pelo Talleres, entre 1998 e 2000, Gareca conquistou o acesso ao futebol da Primeira Divisão ao levantar o caneco da Primeira B Nacional em 1998 e no ano seguinte foi campeão da Copa Conmebol ao superar na finalíssima o CSA de Alagoas. Derrota no “Rei Pelé” por 4 a 2 e vitória na Argentina por 3 a 0.



Confira os momentos mais importantes da exitosa campanha do Talleres de Córdoba dirigido por Ricardo Gareca na Conmebol de 1999:



Em 1997, El Tigre teve uma passagem sem bons resultados no comando técnico do Independiente de Avellaneda.



Antes de conquistar novos títulos como treinador Ricardo Gareca dirigiu o Colón de Santa Fé (2000); novamente o Talleres de Córdoda (2001); o Quilmes AC (2002); o Argentinos Juniors (2003/2004); e os colombianos, América de Cali (2005) e Independiente Santa Fé (2006), clube que dirigiu por 26 partidas, obtendo 9 vitórias, 6 empates e 11 derrotas. Seu Santa Fé marcou 35 gols e sofreu 40.



Entre 2007 e 2008, Gareca dirigiu o Universitário de Deportes do Peru, conquistando o título do Torneio Apertura 2008, registrando os seguintes números:



55 pontos, 16 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 40 GF, 21 GC, em 26 partidas disputadas.



O site oficial do Club Universitário de Deportes, estampa: “[...] Esta constante lucha por no dejarse vencer ante la adversidad tuvo una esporádica alegría con el título del torneo Apertura de 2008, obtenido de la mano del argentino Ricardo Gareca. El argentino implantó las bases de un trabajo a largo plazo, donde se buscaba respetar la mística deportiva de la institución: buen juego y sacrificio colectivo [...]



No Vélez Sarsfield



Ricardo Gareca dirigiu o seu time do coração por 5 anos, entre 05 de janeiro de 2009 e a noite de segunda-feira, 23 de dezembro de 2013. El Tigre comandou o clube fortinero em 254 partidas: 130 vitórias, 65 empates e 59 derrotas, com 368 gols a favor e 215 contra.



Sempre que contou com as boas safras de jovens talentos produzidos na base velezana e com boas contratações efetuadas pela diretoria fortinera, Gareca priorizou a escalação de meio-campistas bastante qualificados tecnicamente, como por exemplo, os volantes Victor Zapata, Héctor Canteros, Iván Bella, Augusto Fernández, Fernando Gago e Alejandro Cabral, e os meias Maxi Moralez, David Ramírez, Ricardo Alvarez e Federico Insúa.



4 títulos no El Fortín



Clausura 2009

Clausura 2011

Torneio Inicial 2012

Superfinal 2012/2013

No comando técnico do Vélez Sarsfield, Ricardo Gareca também foi semifinalista da Copa Libertadores 2011 e da Copa Sul-americana no mesmo ano, vice-campeão do Torneio Apertura 2010 e terceiro colocado nos torneios: Apertura 2011, Clausura 2012 e Inicial 2013.



Tática



Um flexível 442 foi o desenho tático protagonista no Vélez Sarsfield de Ricardo Gareca, com variações flagradas no transcorrer de jogos e competições de acordo com o perfil dos jogadores que El Flaco tinha a sua disposição. Destaque para um lateral mais contido no apoio, posto ocupado principalmente pelo experiente Fabian Cubero no lado direito da defesa fortinera e também para a utilização tanto de um meia de ligação (enganche) como a de um centroavante nato, pois Gareca considera importante que um time possa contar com um atacante de referência: “Para mí, tener un referente de área siempre es importante”. “Soy partidario de un 9 de área”.



O 442 (4312) do Vélez campeão do Clausura 2009 (Fonte: diário Olé)



O 442 (4312) fortinero no Clausura 2011



O 442 (4132) velezano flagrado diante do Estudiantes de La Plata e do Arsenal de Sarandí no Clausura 2011



O 442 fortinero em 29 de agosto de 2013 (Fonte: diário Olé)



Outros flagrantes táticos do Vélez de Ricardo Gareca



O 433 velezano na vitória por 2 a 0 sobre a LDU na Libertadores 2011



O 451 (4321) do El Fortín frente ao River Plate no Clausura 2011





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