Palmeiras já teve outros 19 técnicos estrangeiros na história; saiba mais

23/5/2014 15:52

Palmeiras já teve outros 19 técnicos estrangeiros na história; saiba mais

Desde a fundação, em 1914, até os dias de hoje, o Palmeiras mantém a tradição de ser um clube simpático e aberto a imigrantes e profissionais de fora do país. A prática começou já nos primeiros anos de Palestra Italia e ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (23), quando o argentino Ricardo Gareca foi apresentado como novo técnico do Verdão e se tornou o 20º treinador estrangeiro a assumir o comando do time.



A lista de técnicos estrangeiros não contempla treinadores com dupla nacionalidade. Isso porque, nas primeiras décadas do século passado, era comum a incidência de cidadãos nascidos em outro país e registrados no Brasil ainda jovens.



Entre os 19 nomes estrangeiros que antecederam Ricardo Gareca estão importantes personagens da vida palestrina, como Humberto Cabelli (uruguaio), Ventura Cambon (uruguaio), Caetano de Domenico (italiano) e Filpo Nuñez (argentino) – conheça detalhadamente cada um deles no final do texto.



Além destes treinadores citados acima, o Palmeiras também teve outros seis uruguaios (Carlos Viola, Conrado Ross, Félix Magno, Ondino Vieira, Ramón Platero e Segundo Villadoniga), quatro argentinos (Abel Picabéa, Alfredo González, Armando Renganeschi e Jim López), dois italianos (Attilio Fresia e Renzo Mangiante), dois húngaros (Eugênio Medagyensy e Emeric Hirchel) e um paraguaio (Fleitas Solich).



Técnicos argentinos



No total, além de Gareca, o Verdão já teve outros cinco comandantes oriundos da Argentina. O primeiro foi Jim López, que ocupou o cargo por 41 partidas em 1950 e participou da campanha que culminou na conquista do título paulista daquela temporada. Pouco depois, em 1952, Abel Picabéa dirigiu o time por 39 duelos. Já em 1961, Armando Renganeschi foi o treinador por 57 partidas e, além de conduzir a equipe ao vice-campeonato da Copa Libertadores daquele ano, ficou marcado por ter indicado a contratação de Ademir da Guia.



Em 1964, foi a vez de o lendário Filpo Nuñez chegar ao clube. Ele foi um dos maestros da Primeira Academia e treinou o time na conquista do Rio-São Paulo no ano seguinte. Também em 1965, o Palmeiras disputou um dos jogos mais importantes de sua história, quando, defendendo a Seleção Brasileira, venceu o Uruguai por 3 a 0 na inauguração do Mineirão. Graças a essa partida, Filpo, que deixou o clube naquela mesma temporada, é até hoje o único estrangeiro ter comandado a equipe nacional do Brasil na história da Seleção.



Ex-jogador do Palestra Italia e integrante do elenco campeão paulista de 1944, Alfredo González dirigiu a equipe por apenas dois meses (14 partidas) entre março e maio de 1968, marcando presença no vice-campeonato da Copa Libertadores daquele ano. Ainda em 1968, Filpo Nuñez retornou para uma rápida passagem até 1969. O treinador comandou o Verdão também entre 1978 e 1979, tornando-se o último estrangeiro a ter ocupado o cargo de técnico do Palmeiras até a chegada de Gareca.



Ao todo, o Palmeiras já foi comandado 305 vezes por argentinos. Os técnicos somam um total de 173 vitórias, 65 empates e 67 derrotas.



Conheça os principais treinadores estrangeiros da história do Verdão:



>>Humberto Cabelli (1930; 1932 a 1933; 1934 a 1935)



Nacionalidade: Uruguaio

Jogos: 105 jogos (72 vitórias, 19 empates e 14 derrotas)

Estreia: Palestra Italia 4x1 Tucumán-ARG (26/01/1930)

Último jogo: Palestra Italia 3x0 Hespanha-SP (13/01/1935)

Principais títulos: Campeonato Paulista em 1932, 1933 e 1934; Torneio Rio-São Paulo em 1933

Nascido no Uruguai, Humberto Cabelli teve três passagens pelo clube e é o 13º técnico que mais comandou o Palmeiras na história, ficando marcado pela conquista do primeiro e único tricampeonato paulista do Verdão – alcançou o título de 1932 sem perder nem um jogo sequer, continuou no cargo e levou a taça pela segunda vez em 1933 e deixou o comando do clube por um breve período em 1934, mas voltou no mesmo ano e comandou o elenco que se sagrou campeão com apenas uma derrota.



>>Ventura Cambon (1935 a 1936; 1938 a 1939; 1944 a 1952; 1954 e 1957)



Nacionalidade: Uruguaio

Jogos: 248 jogos (133 vitórias, 49 empates e 66 derrotas)

Estreia: Palestra Italia 1x1 Boca Juniors-ARG (03/02/1935)

Último jogo: Palmeiras 4x1 Botafogo-SP (27/02/1957)

Principais títulos: Campeonato Paulista em 1944 e 1950; Mundial Interclubes em 1951; Torneio Rio-São Paulo em 1951

Jogador do clube na década de 30, sendo tricampeão paulista em 1932, 1933 e 1934, assumiu o comando técnico pela primeira vez em 1935, porém com pouco sucesso. O primeiro título veio mesmo em 1944, em um estadual no qual Ventura dividiu a chefia da equipe com o também ex-jogador Bianco. Mas foi nos anos de 1950 e 1951 que o uruguaio teve seu melhor momento no Verdão - tendo assumido o cargo na reta final de um Paulistão já praticamente nas mãos do São Paulo, Cambon conseguiu faturar o título em 1950 e, no ano posterior, foi o vencedor da Copa Rio (Mundial) e do Rio-São Paulo. Ainda é o técnico que mais vezes treinou o Alviverde de maneira interina e o quarto no retrospecto geral.



>>Caetano de Domenico (1940 a 1941)



Nacionalidade: Italiano

Jogos: 90 jogos (57 vitórias, 21 empates e 12 derrotas)

Estreia: Palestra Italia 5x1 Hespanha-SP (07/01/1940)

Último jogo: Palestra Italia 4x0 Portuguesa (27/12/1941)

Principal título: Campeonato Paulista em 1940

Sobrevivente de um terremoto que arrasou sua terra natal, Caetano de Domenico chegou ao Brasil em 1910. Chapeleiro de profissão, mudou-se para o bairro do Ipiranga em 1912, onde morou até falecer, aos 100 anos de idade. Entrou no mundo do futebol ainda como atleta, chegando até a Seleção Paulista, e depois se tornou técnico, tendo dirigido a Portuguesa, o Nacional-SP e o Ypiranga-SP, dentre outros. Pelo Palestra Italia, venceu o torneio de inauguração do Pacaembu e o Paulista de 1940, último estadual antes da mudança de nome para Palmeiras.



>>Filpo Nuñez (1964 a 1965; 1968 a 1969; 1978 a 1979





Nacionalidade: Argentino

Jogos: 154 jogos (94 vitórias, 27 empates e 33 derrotas)

Estreia: Palmeiras 3x2 Santos (08/11/1964)

Último jogo: Palmeiras 0x0 Portuguesa Santista (07/02/1979)

Principal título: Torneio Rio-São Paulo em 1965

Ex-atleta do San Lorenzo-ARG e do Independiente-ARG, Filpo formou-se em educação física no Equador e, antes de chegar ao Brasil, dirigiu times na própria Argentina, na Bolívia, no Peru e na Venezuela. Após destacada passagem na Portuguesa Santista, o argentino chegou ao Verdão e foi o responsável por comandar a Primeira Academia, aquela de Ademir da Guia, Dudu, Julinho Botelho e Djalma Santos, tendo conquistado o Rio-São Paulo de 1965 com autoridade – lembrando que, na época, o torneio tinha quase o status de título nacional. Ainda ostenta até hoje o feito de ser o único estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira, na partida inaugural do Estádio Mineirão, quando o Brasil foi inteiramente representado pelo Palmeiras e venceu a Seleção Uruguai por 3x0 (gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano).



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