Palmeiras tem a 'defesa que ninguém para' no Brasileiro

Se os meias e os atacantes não conseguem marcar, a defesa resolve. Foi assim que o Palmeiras derrotou o São Paulo na última quarta-feira, no Allianz Parque, por 2 a 1. Depois de esbarrar no bloqueio adversário na primeira etapa, o líder do Brasileiro alcançou a vitória graças a gols de Mina e Vitor Hugo.



As duas jogadas foram semelhantes, com levantamentos na área e cabeçadas certeiras para balançar as redes. Além de reafirmar a posição do clube como o time que mais faz gols de cabeça - foram 13 até aqui -, o Palmeiras conta com a zaga mais "artilheira" do Campeonato Brasileiro, segundo dados da Footstats.



No total, oito dos 42 gols do time foram feitos por zagueiros. Vitor Hugo é o "matador" da turma, com quatro. Mina e Thiago Martins tem dois cada um e fecham a lista.



O Coritiba é o adversário que chega mais perto no quesito: seis gols. Luccas Claro, com dois, Nery Bareiro, Wallison Maia, Juninho e Rafael Marques - que não está mais no clube - , com um cada, foram os marcadores.



Na coletiva de imprensa, o técnico Cuca destacou o trabalho feito nos treinamentos com a bola aérea. "A gente treina muito, muito, muito. Às vezes sou chato demais, aquela horinha antes de vocês entrarem, treino muito a bola ofensiva e defensiva. Não adianta ter bons cabeceadores se não tiver quem ofereça. A gente entendeu que essa bola não precisa ser rápida, tem de ser mais alçada para eles caçarem. Hoje foi fundamental, porque o bloqueio do São Paulo foi muito bem feito. Conseguimos em duas vezes. Eles (Vitor Hugo e Mina) estão de parabéns", afirmou.



E os artilheiros do clássico também falaram não só dos gols, mas das comemorações. "Agradeço a Deus pelo gol. Depois disso, é dançar, dançar e dançar", sorriu Mina. "A cada gol que faço, mudo de passo. Espero marcar mais vezes para fazer outros", completou.



Já Vitor Hugo preferiu dar uma pirueta para celebrar quando balançou as redes. Questionado se havia iniciado uma disputa com Mina no campo de ataque, ele abriu um largo sorriso: "Disputa, não. Mas, se for bom para o Palmeiras, que a gente continue ajudando muito o Verdão. Podem levantar a bola, que a gente briga até o fim dentro da área".

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